TUTORIA ACADÊMICA NO MESTRADO PROFISSIONAL: UM APRENDIZADO COMPARTILHADO
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2016.v25.n47.p37-50Keywords:
Cultura acadêmica, Tutoria acadêmica, Aprendizagem compartilhada, Núcleo de significaçãoAbstract
O texto discute a tutoria acadêmica, atividade que faz parte da proposta curricular do Mestrado Profissional: Formação de Formadores, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Os tutores são doutorandos dos Programas de Educação da mesma Universidade. Por dois semestres, os tutores, com supervisão da coordenação do curso, acompanham os mestrandos no processo de desenvolvimento do seu trabalho final de Mestrado. Com o objetivo de analisar os significados que alunos e tutores atribuem à tutoria acadêmica, optou-se pela metodologia dos Núcleos de Significação (AGUIAR; OZELLA, 2006, 2013). Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário contendo três perguntas abertas que foi encaminhado, via Google Docs, para 116 alunos e 13 tutores que participaram da tutoria nos anos 2013, 2014
e 2015. Um total de 45 discentes e todos os tutores preencheram o instrumento. Os resultados apontaram que a tutoria se constituiu num espaço de aprendizagem que possibilitou o desenvolvimento profissional para ambos os públicos. Essa atividade tem contribuído positivamente tanto para a formação de novos pesquisadores quanto de docentes e orientadores para a educação superior
Downloads
References
AGUIAR, W. M. J.; OZELLA, S. Apreensão dos sentidos: aprimorando a proposta dos núcleos de significação. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Brasília, DF, v. 94, n. 236, p. 299-322, jan./abr. 2013.
______. Núcleos de significação como instrumento para a apreensão da constituição dos sentidos. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, DF, v. 26, n. 2, p. 222-245, jun. 2006.
ANDRÉ, M. O que é um estudo de caso qualitativo em educação? Revista da FAEBBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 22, n. 40, p. 95-103, 2013.
ARNAIZ, P. Fundamentação da tutoria. In: ARGÜIS, R. et al. Tutoria. Com a palavra, o aluno. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 15-24. (Coleção Inovação Pedagógica, v. 6).
BAKHTIN, M; VOLOCHÍNOV, V. N. Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 2006.
BASTOS, A. V. B. et al. Réplica 1 – formar docentes: em que medida a pós-graduação cumpre esta missão? Revista de Administração Contemporânea, Curitiba, v. 15, n. 6, p. 1152-1160, nov./dez. 2011.
BORDIEU, P.; PASSERON, J. C. Os herdeiros. Os estudantes e a cultura. Florianópolis: Editora da UFSC, 2014.
DURAN, D.; VIDAL, V. Tutoria. Aprendizagem entre iguais. Porto Alegre: Artmed, 2007.
FRÍAS, J. de la C. T. El papel de la tutoría em la formación de habitus científicos em estudiantes de doctorado em educación. 2012. Disponível em: <http://www.publicaciones.cucsh.udg.mx/pperiod/cgraduados/pdf/2012/el_papel_de_la_tutoria.pdf>. Acesso em: 02 jun. 2015.
JIMENEZ-VÁSQUEZ, M. S. Trayectorias profesionales de egresados del Doctorado em Educación de la Universidad Autónoma de Tlaxcala: Unanálisis de las funciones, productividad y movilidad e nel mercado académico. Perfiles Educativos, v. 36, n. 143, p. 30-48, 2014.
JOHN-STEINER, V. Creative collaboration. New York: Oxford University Press, 2000.
MAGALHÃES, M. C. C. O método para Vygotsky: a Zona Proximal de Desenvolvimento como zona de colaboração e criticidade criativas. In: SCHETTINI, R. et al. (Org.). Vygotsky: uma revisita no início do século XXI. São Paulo: Andross, 2009. p. 53-78.
MARTINS, C. B. A reforma universitária de 1968 e a abertura para o ensino superior privado no Brasil. Educação e Sociedade, Campinas, SP, v. 30, n. 106, p. 15-35, jan./abr. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v30n106/v30n106a02>. Acesso em: 13 mar. 2016.
NEWMAN, F; HOLZMAN, L. Lev Vygotsky: cientista revolucionário. São Paulo: Loyola, 2002.
PASSOS, L. F.; PEREIRA, R.; PRINCEPE, L. M. As condições de trabalho como fatores constituintes da profissionalidade docente de professores iniciantes dos cursos de licenciatura. In: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO BRASILEIRA, 5., 2015, Campinas, SP. Anais... Campinas, SP: CEDES, 2015.
PRESTES, Z. Quando não é quase a mesma coisa: traduções de Lev Semionovitch no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados, 2012.
RENDÓN GIRALDO, N. E. Proceso de autoevaluación de posgrado: proceso de autoevaluación de posgrado: aplicación de una metodología. Revista Interamericana de Bibliotecología, v. 31, n. 1, p. 135-160, jan./jun. 2008.
ROLDÃO, M. C. Gestão curricular – fundamentos e práticas. Lisboa: ME-DEB, 1999.
SGUISSARDI, V. (Org.). Universidade brasileira no século XXI. São Paulo: Cortez, 2009.
VALDÉS CUERVO, A. A.; SÁNCHEZ ESCOBEDO, P. A.; YÁÑEZ QUIJADA, A. I. Perfiles de estudiantes mexicanos com aptitudes intelectuales sobresalientes. Acta Colombiana de Psicología, Bogotá, v. 16, n. 1, p. 25-33, 2013. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=79829185003>. Acesso em: 02 jun. 2015.
VALLE, I. R. Por que ler Os Herdeiros meio século depois? In: BORDIEU, P., PASSERON, J. C. Os herdeiros. Os estudantes e a cultura. Florianópolis: Editora da UFSC, 2014. p. 9-13.
VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
VYGOTSKY, L. S. O método instrumental em Psicologia. In: ______. Teoria e método em Psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 2004. p. 93-101.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Após a primeira publicação, os autores têm autorização para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: repositório institucional ou capítulo de livro), desde que citada a fonte completa.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.
Atualizado em 15/07/2017