“A escola deveria ser afago pra gente”: ocupar e tornar a escola pública
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n58.p290-307Palavras-chave:
Ocupações de escolas, Experiências, Produção de ConhecimentoResumo
O presente artigo busca analisar a experiência social das ocupações de escolas realizadas em Uberlândia (MG) em outubro/novembro de 2016 quando os estudantes secundaristas assumiram a gestão das escolas em protesto contra a PEC 241, a Reforma do Ensino Médio e o programa Escola sem Partido. Pautas articuladas com questões locais como a estrutura precária das escolas, a verticalização da gestão escolar e críticas ao modelo de ensino-aprendizagem. Após a recomposição do movimento de ocupações analisa-se a relação colocada para a educação a partir de novas práticas vividas, sobretudo no tocante ao ensino, que, em protesto, almejaram uma nova escola, centrada em novos valores e projetos. Portanto, ao tornar pública a escola do Estado, os estudantes secundaristas deixaram um legado futuro para a transformação do ensino e das escolas.
Downloads
Referências
BRINGEL, Breno. A busca de uma nova agenda de pesquisa sobre os movimentos sociais e o confronto político: diálogos com Sidney Tarrow. Política & Sociedade, v. 10, n. 18, p. 51-73, abr. 2011.
CAMPOS, Antonia; MEDEIROS, Jonas; RIBEIRO, Márcio. Escola de. Lutas. São Paulo, Ed. Veneta, 2016. (Coleção Baderna).
CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). A reforma do ensino médio: Suprime direitos, privatiza a educação e terceiriza os/as trabalhadores/as escolares. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 11, n. 20, p. 337-343, jan./jun. 2017. Disponível em: <http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/search/authors/view?firstName=CNTE&middleName=&lastName=CNTE&affiliation=&country=BR>. Acesso em: 29 mar. 2018.
DE SORDI, Denise Nunes; MORAIS, Sérgio Paulo. “Os estudantes ainda estão famintos!”: ousadia, ocupação e resistência dos estudantes secundaristas no Brasil. Religacion. Revista de Ciências Sociales y Humanidades. Quito, n. 2, p. 25-43, Jun. 2016.
DONOSO, Sophia. La reconstrucción de la acción colectiva em el chile post-transición: el caso del movimento estudantil. Buenos Aires: Clacso, 2014. Disponível em: <http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/becas/20140905014946/Donoso_Informe_Sep_2014.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2018.
FALERO, Alfredo. Entre o rigor teórico-metodológico e a criatividade: algumas chaves cognitivas para a pesquisa dos movimentos sociais na América Latina. In: BRINGEL, Breno; GOHN, Maria da Glória (Org.). Movimentos sociais na era global. Petrópolis: Vozes, 2012.
GADOTTI, Moacir. Universidade Popular dos Movimentos Sociais. Breve História de um Sonho Possível. Democracia Viva, Rio de Janeiro, n. 14, p. 78-83, jan. 2003. Disponível em: <http://www.universidadepopular.org/media/relatos%20oficinas/Gadotti.pdf>. Acesso em 25 mar. 2018.
GOHN, Maria da Glória. A sociedade brasileira em movimento: vozes das ruas e seus ecos políticos e sociais. Caderno CRH. Salvador, v. 27, n. 71, p. 431-441, maio/ago. 2014.
MARTINS, Suely Aparecida. E. P. Thompson e a educação: a socialização como experiência. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, v. 14, n. 59, p. 304-317-317, out. 2014.
MARX, Karl. Crítica ao Programa de Gotha. 1875. In: ANTUNES, Ricardo (Org.). A dialética do trabalho: escritos de Marx e Engels. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2004.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. As universidades e o regime militar. Cultura política brasileira e modernização autoritária. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2014.
MOTTA, Vânia Cardoso; FRIGOTTO, Gaudêncio. Por que a urgência da Reforma Do Ensino Médio? Medida Provisória nº 746/2016 (Lei nº 13.415/2017). Educação e Sociedade. Campinas, v. 38, n. 139, p.355-372, jun. 2017.
MÜLLER, Angélica O Movimento Estudantil na resistência à Ditadura Militar (1969-1979). Rio de janeiro: Garamond; Faperj, 2016.
ORTELLADO, Pablo. Prefácio. A primeira flor de junho. In: CAMPOS, Antonia; MEDEIROS, Jonas; RIBEIRO, Márcio. Escola de. Lutas. São Paulo, Ed. Veneta, 2016. (Coleção Baderna). p. 10-16.
PORTELLI, Alessandro. A Filosofia e os fatos. Revista Tempo. Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 59-72, 1996.
SVAMPA, Maristella. Movimientos sociales, matrices socio-políticas y nuevos escenarios en América Latina. Working Papers, n.1, Universität Kassel, p. 1-26, 2010.
TARROW, Sidney. Struggling to reform: social movements and policy change during cycles of protest. Occasional Paper, n. 15. Western Societies Program, Center for International Studies. Ithaca: Cornell University, 1985.
THOMPSON, Edward Palmer. A miséria da teoria ou um planetário de erros: uma crítica ao pensamento de Althusser. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
______. Costumes em Comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. Tradução de Rosaura Eichemberg. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
______. Educação e experiência. In: ______. Os Românticos: a Inglaterra na era revolucionária. Tradução de Sérgio Moraes Rêgo Reis. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
TILLY, Charles. From mobilization to revolution. Nova York: Random House, 1978.
______. Social movements: 1768-2004. Boulder, CO: Paradigm Publishers, 2004.
______. Movimentos Sociais como Política. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n. 3, p. 133-160, jan./jul. 2010.
VENDRAMINI, Célia Regina. Experiência humana e coletividade em Thompson.
Esboços, Florianópolis, v. 11, n. 12, p. 25-36, 2004.
ZIBAS, Dagmar M. L. Refundar o ensino médio? Alguns antecedentes e atuais desdobramentos das políticas dos anos de 1990. Educação & Sociedade, Campinas, v. 26, n. 92, p. 1067-1086, out. 2005.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Após a primeira publicação, os autores têm autorização para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: repositório institucional ou capítulo de livro), desde que citada a fonte completa.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.
Atualizado em 15/07/2017