“A escola deveria ser afago pra gente”: ocupar e tornar a escola pública
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n58.p290-307Palavras-chave:
Ocupações de escolas, Experiências, Produção de ConhecimentoResumo
O presente artigo busca analisar a experiência social das ocupações de escolas realizadas em Uberlândia (MG) em outubro/novembro de 2016 quando os estudantes secundaristas assumiram a gestão das escolas em protesto contra a PEC 241, a Reforma do Ensino Médio e o programa Escola sem Partido. Pautas articuladas com questões locais como a estrutura precária das escolas, a verticalização da gestão escolar e críticas ao modelo de ensino-aprendizagem. Após a recomposição do movimento de ocupações analisa-se a relação colocada para a educação a partir de novas práticas vividas, sobretudo no tocante ao ensino, que, em protesto, almejaram uma nova escola, centrada em novos valores e projetos. Portanto, ao tornar pública a escola do Estado, os estudantes secundaristas deixaram um legado futuro para a transformação do ensino e das escolas.
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Atualizado em 15/07/2017