EDUCAÇÃO E RODA COLABORATIVA: ETNOGRAFIA DE PROCESSOS FORMATIVOS E EXPERIÊNCIAS DE MÃES QUE EXERCEM A PROSTITUIÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2019.v28.n56.p150-161Resumo
Este artigo tem como perspectiva discutir a importância da etnografia em pesquisas sobre prostituição. Tem como foco as narrativas de mães, que exercem prostituição, sobre cuidado e educação dos filhos. Entendemos prostituição como uma prática social complexa que envolve uma diversidade de relações, interações e atores sociais, não sendo apenas pautada pela troca de dinheiro por serviços sexuais, mas antes, envolve uma diversidade e heterogeneidade de trocas que se dão no âmbito da rua. A educação, por sua vez, está ancorada, neste artigo, no referencial teórico da educação popular e é entendida como um ato político onde os seres humanos são convocados a se deslocar constantemente. A pesquisa foi realizada em Salvador, entre 2016 e 2019, em contextos de prostituição, com longa permanência das pesquisadoras em campo. Os diálogos e conversações com mulheres da “vida”, ou mulheres da batalha, fazem emergir a ideia da Roda colaborativa como rede educativa e de proteção aos filhos.
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Atualizado em 15/07/2017