ESTUDAR E APRENDER EM DUAS CARTOGRAFIAS

Autores

  • Rosana Aparecida Fernandes Universidade Federal de Pelotas
  • Jarbas Santos Vieira Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2013.v22.n40.p167-176

Palavras-chave:

Aprender, Filosofia da diferença, Pesquisa em educação

Resumo

O que impulsiona o aprender e leva os corpos a ultrapassarem seus limites e comporem novos aprendizados? Como acompanhar o aprender, uma vez que ele se dá no desenrolar de respostas impossíveis de serem antevistas? As pesquisas em Educação, atentas aos conceitos da Filosofia da Diferença de Gilles Deleuze, fazem vir ao mundo, cada vez mais, novos modos de fazer pesquisa em Educação, e de conceber o conceito de aprender, de articular o que se passa nas pesquisas e nos corpos que aprendem, de registrar os movimentos e os fluxos do aprender. Neste ensaio, as ações do aprender são devolvidas às relações de heterogeneidade entre signos e respostas, e são cartografadas. O circuito do aprender não traça mapas fixos, mas, sim, uma e outra cartografia, a cada encontro, a cada trajeto, a cada aprendizado. Aprender é criar, não representar um mundo ou uma conjuntura existente. Antes, é criar pensamentos e inspirar novas maneiras de viver. O aprendiz investiga não a solução. Em vez de cercar e capturar o saber por meio de reconhecimentos, representações e resultados, o aprendiz difere os conhecimentos, prolonga-os em campos problemáticos, persegue e é perseguido por perguntas-máquinas, e faz proliferar ilimitadamente as respostas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rosana Aparecida Fernandes, Universidade Federal de Pelotas

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Pelotas. Bolsista de Pós-Doutorado.

Jarbas Santos Vieira, Universidade Federal de Pelotas

Doutor em Educação pela Universidade Federal de Pelotas. Professor Doutor do Departamento de Fundamentos da Educação. Endereço para correspondência: Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Educação

Referências

BECKETT, Samuel. Relatos. Tradução de Félix de Azúa; Ana Maria Moix; Jenaro Talens. Barcelona: Tusquets Editores, 2003.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BERGSON, Henri. A evolução criadora. Tradução de Adolfo Casais Monteiro. Rio de Janeiro: Delta, 1964.

______. A intuição filosófica. Tradução de Maria do Céu Patrão Neves. Lisboa: Colibri, 1994.

DELGADO, Manuel. Sociedades movedizas: pasos hacia una antropología de las calles. Barcelona: Editorial Anagrama, 2007.

KAFKA, Franz. Diários. Tradução de Torrieri Guimarães. São Paulo: Livraria Exposição do Livro, 1964.

______. O processo. Tradução de Torrieri Guimarães. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

______. Um médico rural: pequenas narrativas. Tradução de Modesto Carone. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

______. O desaparecido ou Amerika. Tradução de Susana Kampff Lages. São Paulo: Ed. 34, 2003.

L’ABÉCÉDAIRE de Gilles Deleuze. Entrevista com Gilles Deleuze. Editação: Brasil, Ministério de Educação, “TV Escola”, 2001. Paris: Éditions Montparnasse, 1997. 1 videocassete (453 min), VHS, color.

LENNON, John; MCCARTNEY, Paul. Ob-la-di, ob-la-da. Intérprete: The Beatles. In: THE BEATLES. The Beatles (Álbum Branco). São Paulo: EMI-Odeon, 1969. Faixa 4.

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Assim falou Zaratustra. Tradução de Mário da Silva. São Paulo: Círculo do Livro, 1977.

______. Aurora: reflexões sobre os preconceitos morais. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

O PÃO e o beco. Direção: Abbas Kiarostami. Teerã, Irã, 1970. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=MArsmhHzlB8>. Acesso em: 13 jul. 2012.

SANTO AGOSTINHO. Confissões. Tradução de J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.

SPINOZA, Benedictus de. Ética. Tradução de Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

Publicado

2019-10-16

Como Citar

FERNANDES, R. A.; VIEIRA, J. S. ESTUDAR E APRENDER EM DUAS CARTOGRAFIAS. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 22, n. 40, p. 167–176, 2019. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2013.v22.n40.p167-176. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/7447. Acesso em: 25 abr. 2024.