Formação de audiodescritores consultores: inclusão e acessibilidade de ponta a ponta
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2017.v26.n50.p159-170Palavras-chave:
Deficiência visual, Audiodescrição, Formação de audiodescritores consultoresResumo
A audiodescrição (AD) é uma modalidade de tradução que torna acessível a pessoas cegas ou com baixa visão o conteúdo imagético de produtos visuais ou audiovisuais. Contudo, para que essa acessibilidade seja, de fato, garantida é preciso que a qualidade dessas ADs seja assegurada. A presença do audiodescritor consultor, profissional com deficiência visual responsável por conceder feedback especializado, muito pode contribuir nesse sentido. Entretanto, isso só será possível se os consultores tiverem a capacitação e o perfil necessários para o exercício de sua função. Neste estudo, um desdobramento de pesquisa anterior publicada sob o título de Audiodescritor consultor: competências necessárias ao profissional não vidente,1 aliamos as conclusões da referida pesquisa a nossa experiência pessoal em cursos de capacitação no intuito de delinear diretrizes que venham nortear propostas de qualificação de pessoas com deficiência visual para o trabalho com AD. Preconizamos que consultores sejam formados em conjunto com roteiristas e narradores em cursos que aliem teoria e prática e tenham ênfase no trabalho colaborativo. Desse modo, a inclusão e a cessibilidade
não estarão restritas apenas ao consumo, mas permearão todo o processo, ou seja, da formação dos profissionais à produção e fruição dos produtos audiodescritos
Downloads
Referências
ASOCIACIÓN ESPAÑOLA DE NORMALIZACIÓN Y CERTIFICACIÓN. UNE 153020: Audiodescripción para personas con discapacidad visual. Requisitos para la audiodescripción y elaboración de audioguías. Madrid, 2005.
BITTNER, Hansjörg. Audio description guidelines: a comparison. New Perspectives in Translation, v. 20, p. 41-61, 2012. Disponível em: <https://www.uni-hildesheim.de/media/_migrated/content_uploads/AD_Guidelines_Comparison_-_Read.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2017.
CARNEIRO, Bárbara Cristina dos Santos. Repensando o roteiro de audiodescrição para o público com deficiência intelectual. 2015. 284f. Dissertação (Mestrado em Tradução Audiovisual e Acessibilidade) – Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura, Instituto de Letras, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.
DÍAZ CINTAS, Jorge. Competencias profesionales del subtitulador y del audiodescriptor. Madrid: CESyA, 2006. Disponível em: <http://www.cesya.es/files/documentos/informe_formacion.pdf>. Acesso em: 24 set. 2013.
FELLOWES, Judith. Espectro autístico, legendas e áudio-descrição. Tradução de Tereza R. Gomes. Revista Brasileira de Tradução Visual (RBTV), v. 13, 2012. Disponível em: <http://www.associadosdainclusao.com.br/enades2016/sites/all/themes/berry/documentos/15-espectro-autistico-legendas-e-audio-descricao-por-judith-fellowes-traducao-de-tereza-r-gomes.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2017.
LINARES, Irene M. Chuchotage para ciegos: un susurro ensayado. In: HURTADO, Catalina J. (Ed.). Traducción y accesibilidad - subtitulación para sordos y audiodescripción para ciegos: nuevas modalidades de Traducción Audiovisual. Alemanha: Peter Lang, 2007. p. 209-227.
MATTOSO, Verônica de Andrade. Ora, direis, ouvir imagens? Um olhar sobre o potencial informativo da áudio-descrição aplicada a obras de arte visuais bidimensionais como representação sonora da informação em arte para pessoas com deficiência visual. 2012. 187f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: <http://ridi.ibict.br/handle/123456789/764>. Acesso em: 20 jan. 2017.
O’SULLIVAN, Emer. Narratology meets translation studies, or the voice of the translator in children’s literature. In: LATHEY, Gillian (Ed.). The translation of children’s literature: a reader. Clevedon: Multilingual Matters Ltd., 2006a. p. 98-109.
______. Translating pictures. In: LATHEY, Gillian (Ed.). The translation of children’s literature: a reader. Clevedon: Multilingual Matters Ltd., 2006b. p. 113-121.
PACKER, Jaclyn. Psychosocial benefits of accessible television for blind/visually impaired persons. 1995. Paper presented at American Psychological Association national convention, New York City, 1995 apud PACKER, J. Video description in North America. In: BURGER, Dominique (Ed.). New technologies in the education of the visually handicapped. Paris: John Libbey Eurotext, 1996. p. 103-107.
RAI, Sonali; GREENING, Joan; PETRÉ, Leen. A comparative study of audio description guidelines prevalent in different countries. London: Media and Culture Department, Royal National Institute of Blind People (RNIB), 2010. Disponível em: <http://audiodescription.co.uk/uploads/general/RNIB._AD_standards1.pdf>. Acesso em: 26 jul. 2017.
RIBEIRO, Ernani N.; LIMA, Francisco José de. Contribuições da áudio-descrição para a aprendizagem de educandos surdos. Revista Brasileira de Tradução Visual (RBTV), v. 10, 2012.
SCHMEIDLER, Emilie; KIRCHNER, Corinne. Adding audio description: does it make a difference? Journal of Visual Impairment & Blindness, New York, v. 95, n. 4, p. 197-212, Apr. 2001.
SILVA, Manoela Cristina C. C. da. Audiodescritor consultor: competências necessárias ao profissional não vidente. In: ADERALDO, Marisa Ferreira. Et al (Org.). Pesquisas teóricas e aplicadas em audiodescrição. Natal: EDUFRN, 2016. Disponível em: <https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22612>. Acesso em: 26 jul. 2017.
SNYDER, Joel. Audio description - the visual made verbal. In: DÍAZ CINTAS, Jorge (Ed.). The didactics of audiovisual translation. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2008. p. 191-198.
VERCAUTEREN, Gert. A narratological approach to content selection in audio description. Towards a strategy for the description of narratological time. Monografias de Traducción e Interpratación (MonTi), n. 4, p. 207-231, 2012. Disponível em: <http://www.e-revistes.uji.es/index.php/monti/article/view/1594>. Acesso em: 11 fev. 2017.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Após a primeira publicação, os autores têm autorização para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: repositório institucional ou capítulo de livro), desde que citada a fonte completa.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.
Atualizado em 15/07/2017