A convivência na escola e o bullying entre estudantes nos ensinos fundamental II e médio
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2017.v26.n49.p187-206Palavras-chave:
Bullying, Diagnóstico, Convivência escolar, Ensinos Fundamental II e MédioResumo
Este artigo teve como objetivo analisar as percepções de estudantes de uma escola particular de Educação Básica sobre o maltrato entre iguais, no que se refere à sua incidência e características, e oferecer dados prévios de diagnóstico para que possam ser planejados programas de intervenção voltados para a prevenção e erradicação do bullying no ambiente educativo. Participaram da pesquisa 508 estudantes, 309 do Ensino Fundamental II e 199 do Ensino Médio, os quais responderam a um questionário que avalia o tipo de bullying presente na comunidade educativa. Os resultados sinalizam que há indícios de situações de maus-tratos na escola pesquisada, sendo considerável o número daqueles que passam por esse tipo de situação seja como alvo, agente ou telespectador. Sobre a quem pedem ajuda quando se sentem vitimizados, observa-se que recorrem mais à família e aos colegas, vários não falam nada a ninguém e por último pedem ajuda aos professores, apesar de os indicarem como aqueles queprincipalmente deveriam fazer algo para solucionar esse problema. A escola precisa reconhecer a existência do fenômeno para que esteja consciente de seus prejuízos para a personalidade e desenvolvimento socioeducacional dos estudantes. Também é necessário instrumentalizar seus profissionais para observação, identificação, diagnóstico, intervenção e encaminhamentos assertivos.
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Atualizado em 15/07/2017