Narrar e Descolonizar
memórias de mestras de capoeira e percursos educacionais formativos
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2023.v32.n72.p170-188Palavras-chave:
Educação. Mulheres. Capoeira. Inclusão. Colonialidade.Resumo
Este artigo é um recorte da pesquisa de doutorado em andamento “Educação com as mãos no chão: um princípio formativo a partir das memórias de mulheres mestras de capoeira no Estado de São Paulo”. Busca-se o reconhecimento e a visibilidade de memórias subalternizadas historicamente de mulheres na capoeira. Problematiza a ausência, o silêncio e/ou apagamento de memórias femininas no imaginário coletivo, discursivo e documental da capoeira. Vale-se de perspectivas educacionais inclusivas, feministas e decoloniais mobilizadas por narrativas de formação (auto)biográficas, produzidas em entrevistasconversas, Conclui que a capoeira é fortemente atravessada pelos efeitos da colonialidade de gênero, embora potencialmente, por sua ancestralidade afrobrasileira de luta e resistência aos processos de violação ontológica e de direitos humanos (ainda) preserva condições e possibilidades de se (re)inventar de modo a ensejar processos educativos/ formativos inclusivos e descolonizadores.
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Atualizado em 15/07/2017