APRESENTAÇÂO
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2022.v31.n68.p13-19Palavras-chave:
oralidade, contação de históriasResumo
Sabemos que nas sociedades de tradição oral os contadores de histórias fazem uso da palavra também em sua dimensão educativa, uma vez que reconhecem, na oralidade, o principal veículo de transmissão de saberes. Esses contadores têm consciência de que o sujeito já nasce imerso em saberes que lhe atravessam. Nas sociedades em que a escrita tem papel mais central que a oralidade, como a nossa, somos influenciados por uma oralidade secundária, na expressão de Walter Ong (1993), fortemente demarcada por suportes tecnológicos que difundem a voz e a imagem em dimensões diversas. Gislayne Matos (2012), associando a arte de contar histórias com a educação, na perspectiva da dimensão formativa, afirma que o desenvolvimento humano, seja ele razão, sentimento, corporeidade ou espiritualidade, se realiza através da arte de viver. Ela cita a expressão usada por Amadou Hampaté Bá (2010) “do berço ao sarcófago”, para expressar a ideia harmoniosa de “educação formativa”, que começa quando o indivíduo nasce e segue com ele até o final da vida. A narrativa encena, dramatiza a relação expressa por Mikhail Bakhtin quando afirma que: “Eu sou na medida em que interajo com o outro. É o outro que dá a medida do que sou. A identidade se constrói nessa relação dinâmica com a alteridade.” (BAKHTIN, 2003, p. 15). Essas ideias deram mote para o presente número temático1 , que tem inspiração na con[1]tação de histórias, notadamente, em seu viés lúdico-pedagógico, no sentido de ampliar os di[1]zeres proferidos na docência na perspectiva da formação continuada de sujeitos envolvidos na educação de criança, de jovens, de adultos ou de idosos em espaços etnoformativos diversos (MACEDO, 2013). Portanto, o principal objetivo é contribuir com as discussões levantadas em pesquisas relativas a esse objeto de estudo que apresentam interfaces com outras áreas, especificamente, a Arte e a Educação.
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Atualizado em 15/07/2017