Que fim levaram todas as cores?
As imagens que uma política pública conta para nós
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2021.v30.n62.p152-166Palavras-chave:
Conta pra Mim, Literatura Infantil, Política Pública Educacional, Relações étinco-raciaisResumo
Este artigo problematiza o tratamento dispensado às ilustrações do programa governamental Conta pra Mim (2020). Apresenta os avanços inerentes à literatura infantil na dimensão das relações étnico-raciais, bem como expõe o contexto histórico de implementação dessa política pública. A partir da contribuição de Vigotski, recorre aos conceitos de imaginação, e criatividade e elege como corpus analítico duas ilustrações circunscritas na categoria “livros de ficção” presentes no acervo do programa. Argumenta que a atual política governamental ignora os avanços no campo da literatura infantil e das discussões e lutas inerentes à educação para as relações étnico-raciais, por meio de uma política de branqueamento. Conclui que tal intento se constitui em um obstáculo à imaginação, criação e fantasia e presta um grande serviço à manutenção de um imaginário social fundamentado em padrões eurocêntricos hegemônicos.
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Atualizado em 15/07/2017