Trajetórias subjetivas na experiência de formação
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n60.p158-175Palavras-chave:
Experiência formativa, Relação com o saber, Transmissão, Formação de professores, PsicanáliseResumo
Abordando a formação docente por meio da divisão subjetiva, que impede a integralização de conhecimentos ou a totalização de toda e qualquer prática educativa, este artigo discute os resultados de uma pesquisa-intervenção de orientação psicanalítica com professores pré-serviço e em serviço, apoiando-se na articulação entre relação com o saber, experiência e transmissão, conforme concebidas no campo da Psicanálise e Educação. Por meio da oferta da palavra aos participantes em diferentes formatos, a pesquisa propiciou momentos de suspensão de certezas subjetivas por meio de intervenções e pontuações, objetivando permitir aos professores uma (re)apropriação da posição docente. A análise do corpus contemplou os movimentos subjetivos nessa direção, por meio do que denominei relatos de experiência. Por meio da narrativização das intervenções e de seus efeitos sobre os participantes, os relatos cartografaram os pontos em torno dos quais indiciou-se a construção de um saber particular sobre a docência e a inscrição no sujeito de algo da ordem de uma transmissão. Configurou-se, assim, a relação entre espaços de fala-escuta e a instauração da experiência como desencadeadores de trajetórias formativas marcadas pelo
investimento subjetivo e, portanto, marcadas por uma significativa relação com o saber.
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Atualizado em 15/07/2017