Frequência escolar na educação infantil:
percepções das famílias e dos profissionais da educação1
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n60.p287-307Palavras-chave:
Educação infantil, Frequência escolar, Vulnerabilidade social, Escolas municipais de educação infantil, Belo HorizonteResumo
Em pesquisa realizada em 2016 e 2017, pretendeu-se conhecer os motivos, os fatores influenciadores e as justificativas da infrequência das crianças na educação infantil, na perspectiva das famílias e dos profissionais da educação no contexto de três Escolas Municipais de Educação Infantil da Secretaria de Educação de Belo Horizonte, MG, escolhidas conforme o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do bairro. Foram analisados os diários de classe das turmas e aplicados 233 questionários aos familiares, os quais
também foram entrevistados juntamente com os profissionais da educação (diretoras, coordenadoras, docentes e técnica educacional). Constatou-se que o principal motivo da infrequência é o adoecimento da criança. Fatores impeditivos relacionados às condições de moradia, ao emprego, à constituição das famílias (chefiadas por mulheres, mães adolescentes) foram igualmente constatados, evidenciando que a infrequência escolar é maior entre crianças vivendo em situações de vulnerabilidade social.
Downloads
Referências
AMORIM, Katia S.; ROSSETTI-FERREIRA, Maria Clotilde. Creches com qualidade para a educação e o desenvolvimento integral da criança pequena. Psicologia, Ciência e Profissão, v. 19, n. 2, p. 64-69, 1999.
BABIUK, Graciele Alves. Famílias monoparentais femininas, políticas públicas em gênero e raça e serviço social. SEMINÁRIO NACIONAL DE SERVIÇO SOCIAL, TRABALHO E POLÍTICA SOCIAL, 1., 2015, Florianópolis. Anais eletrônicos [...]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2015. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/180860. Acesso em: 01 maio 2018.
BELO HORIZONTE. Histórias de bairros [de] Belo Horizonte: Regional Norte/coordenador, Raphael Rajão Ribeiro. Belo Horizonte: Arquivo Público da Cidade, 2011.
BIZZOTTO, Luciana Maciel. #RESISTEIZIDORA: controvérsias do movimento de resistência das Ocupações da Izidora e apontamentos para a justiça urbana. 180 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Escola de Arquitetura, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, 2015.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 29 mar. 2017.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF, 1996. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-dezembro-1996-362578-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 29 mar. 2017.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 12.796, de 04 de abril de 2013. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Brasília, DF, 2013. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/L12796.htm. Acesso em: 29 mar. 2017.
CAMPOS, Maria Malta. A Educação Infantil como direito. In: CAMPANHA NACIONAL PELO DIREITO À EDUCAÇÃO. Insumos para o debate 2 – Emenda Constitucional n. 59/2009 e a educação infantil: impactos e perspectivas. São Paulo: Campanha Nacional pelo Direito à Educação/Instituto C&A, 2010. p. 8-13.
CHAMBOREDON, Jean-Claude; PRÉVOT, Jean. O ofício de criança: definição social da primeira infância e funções diferenciadas da escola maternal. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 59, p. 32-59, nov. 1986.
DIDONET, Vital. Nota de esclarecimento sobre a PEC 277/2008. 2009. Disponível em: http://www.omepms.org.br/web/site/misc_print_txt.php?chn=3&txt=1246394940. Acesso em: 05 fev. 2018.
GIL, Antônio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GOMES. Nilma Lino. Diversidade étnico-racial, inclusão e equidade na educação brasileira: desafios, políticas e práticas. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação, v. 27, n. 1, p. 109-121, jan./abr. 2011.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo demográfico 2010. Família e domicílio. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/00000010435610212012563616217748.pdf. Acesso em: 07 jul. 2017.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016. Rio de Janeiro, 2017. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 03 mar. 2019.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2018. Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 03 mar. 2019.
MARANHÃO, Damaris Gomes; SARTI, Cynthia Andersen. Creche e família: uma parceria necessária. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 38, n. 133, p. 171-194, abr. 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742008000100008&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 08 jun. 2018.
MONTEIRO, Agostinho dos Reis. O pão do direito à Educação. Educação & Sociedade, Campinas, SP, v. 24, n. 84, p. 763-789, set. 2003.
MOTTA, Eduardo Marcheti Pereira Leão da. Medindo a desigualdade socioespacial: os aglomerados subnormais em Belo Horizonte. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL (ANPUR), 17., 2017, São Paulo. Anais eletrônicos [...]. São Paulo: ANPUR, 2017. Disponível em: http://anais.anpur.org.br/index.php/anaisenanpur/article/view/2376. Acesso em: 01 ago. 2019.
PEDRAZA, Dixis Figueroa; QUEIROZ, Daiane de; SALES, Márcia Cristina. Doenças infecciosas em crianças pré-escolares brasileiras assistidas em creches. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 2, p. 511-528, fev. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232014000200511&lng=en&nrm=iso. Acesso: 01 maio 2018.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD). Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Brasileiro. Brasília, DF: PNUD/Ipea/FJP, 2013. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/130729_AtlasPNUD_2013.pdf. Acesso em: 07 jul. 2017.
RAPOPORT, Andrea; PICCININI, Cesar Augusto. O ingresso e adaptação de bebês e crianças pequenas à creche: alguns aspectos críticos. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 14, n. 1, p. 81-95, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722001000100007&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 01 maio 2018.
SILVA, Maria Beatriz de Oliveira Vasconcelos. “Ele precisa muito estar aqui, é bom ele estar aqui!”: frequência escolar na Educação Infantil. 2018. 160 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, 2018.
SZYMANSKI, Heloisa. Entrevista reflexiva: um olhar psicológico sobre a entrevista em pesquisa. In: SZYMANSKI, Heloisa (org.). A entrevista na pesquisa em educação: a prática reflexiva. Brasília, DF: Plano, 2002. p. 9-64.
VIEIRA, Lívia M. F. Obrigatoriedade escolar na educação infantil. Revista Retratos da Escola, Brasília, DF, v. 5. n. 9, p. 245-262, jul./dez. 2011.
XIMENES, Daniel de Aquino. Vulnerabilidade social. In: OLIVEIRA, D. A.; DUARTE, A. M. C.; VIEIRA, L. M. F. Dicionário de verbetes: trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Educação, 2010. Disponível em: http://gestrado.net.br/index.php?pg=dicionario-verbetes&id=235. Acesso: 30 out. 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Após a primeira publicação, os autores têm autorização para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: repositório institucional ou capítulo de livro), desde que citada a fonte completa.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.
Atualizado em 15/07/2017