Do mal-estar social ao malestar docente: contribuições da psicanálise
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2020.v29.n60.p127-146Palavras-chave:
Mal-estar, Mal-estar docente, Psicanálise e EducaçãoResumo
Este artigo analisa o mal-estar entre professores a partir da perspectiva psicanalítica. São apresentados resultados de uma pesquisa, realizada entre os anos de 2011 e 2013, com professores do ensino médio, na cidade de Uberlândia, MG, na qual foram realizadas entrevistas no intuito de compreender possíveis razões do mal-estar entre professores. Compreendendo o mal-estar como fenômeno social maior, buscamos analisar motivações relacionadas a sintomas típicos do mal-estar docente, como apatia, sofrimento, adoecimento e outros. Com apoio na Psicanálise Freudiana estabelecemos uma relação entre o malestar social e fenômeno sociais que atingem o contexto escolar, e que eclodem em sofrimento psíquico para muitos docentes. Verificamos que algumas razões do mal-estar estão associadas às falhas do processo educacional enquanto operador de interdição dos alunos e ambivalência de sentimentos em relação à profissão, que ora assume contornos de culpa e autoagressão. Concluímos que o cenário escolar aspira contribuições para reflexões acerca dos processos de interdição social e da própria análise do mal-estar, enquanto dilema que extrapola os muros da escola.
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Atualizado em 15/07/2017