O TROPICALISMO E SEU PROJETO POLÍTICO IDEOLÓGICO: UM EXERCÍCIO DE LEITURA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46375/reecs.v3i.8578

Palavras-chave:

Pensamento político e social brasileiro; estética e política; tropicalismo.

Resumo

Este ensaio pretende expor algumas notas de pesquisa a respeito do tropicalismo. Sabe-se que tropicália já fora tema de diversos estudos nas ciências humanas e sociais, contudo aposta-se num outro ângulo para seu estudo: o seu projeto político e ideológico. Este projeto, segundo nossa hipótese, teria logrado consolidar um modo de pensar o Brasil que, grosso modo, baseava-se na transfiguração das especificidades sociais e culturais do Brasil em qualidades e respostas de nossa ‘civilização’ brasileira perante o mundo e seus problemas. Dando consecução ao nosso argumento, exporemos alguns lineamentos dos pensamentos de alguns personagens destacados da tropicália sobre o Brasil. Para tal, lançaremos mão de alguns escritos e depoimentos de seus partícipes. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rafael Marino, Doutorando no Departamento de Ciência Política - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas/ Universidade de São Paulo. Técnico de programação cultural no SESC-SP.

Doutorando e Mestre (2018) em Ciência Política pela FFLCH - USP, graduado em Ciências Sociais pela mesma instituição. É editor da revista Leviathan - cadernos de pesquisa política e técnico de programação cultural no SESC-SP. É autor do livro Formação e forma no pensamento brasileiro, Editora Appris.

Referências

ALAMBERT, F. A realidade tropical. Revista IEB, v.1, n. 54, p. 139-150, mar. 2012.

ANDRADE, Oswald de. A utopia antropofágica. São Paulo: Globo, 2011.

ARETAKIS, F. P. O tropicalismo pernambucano: histórias de um “tigre de vanguarda”. 2016. 220p. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de pós-graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco.

BASUALDO, Carlos. Vanguarda, cultura popular e indústria cultural. In: _______(org.). Tropicália: uma revolução na cultura brasileira. São Paulo: Cosac Naify, 2007, p. 11-31.

BASTOS, É. R. Atualidade do pensamento social brasileiro. Sociedade e Estado, v. 26, n. 2, p. 51-70, ago. 2011.

BASTOS, Élide Rugai Pensamento social da escola sociológica paulista. In: MICELI, S. (Org.). O que ler na ciência social brasileira: 1970-2002. São Paulo: Sumaré; Brasília: ANPOCS, 2002, p. 183-230.

BONONI, J. G. José Celso Martinez Corrêa: entre efeitos de sentidos e condições de produção. Revista espaço acadêmico, v.1, n. 134, p. 124-135, mai. 2012.

BORGHI, Renato. Posfácio. In: ANDRADE, O. de. O rei da vela. São Paulo: Companhia das Letras, 2017, p. 82-91.

BOTELHO, A.; SCHWARCZ, L. Pensamento social brasileiro, um campo vasto e ganhando forma. Lua Nova, v.1, n. 82, p. 11-16, jan./mar. 2011.

BRAGA, P. Hélio Oiticica: singularidade, multiplicidade. São Paulo: Perspectiva, 2013.

BRAGA, P. Nova objetividade e nova subjetividade: Hélio Oiticica rumo ao coletivo”. MODOS, v.1, n. 3, p. 123-135, set. 2017

BRANDÃO, Gildo Marçal. Ideias e argumentos para o Estudo da História das Ideias Políticas no Brasil. In: MARTINS, C. B. e LESSA, R. (orgs). Horizonte das Ciências Sociais no Brasil. São Paulo, Editoras Discurso Editorial e Barcarolla, 2010, p.367-376.

BRANDÃO, G. M. Linhagens do Pensamento Político Brasileiro. Dados - Revista de Ciências Sociais, v. 48, n. 2, p.231-269, jan./mar. 2005.

BRANDÃO, G. M. Linhagens do Pensamento Político Brasileiro. São Paulo: Editora HUCITEC, 2007.

CAMPOS, A. de. Balanço da bossa e outras bossas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1974.

CHIBBER, V. Post-colonial theory and the spectre of capital. London: Verso, 2013.

COELHO, C. A tropicália: cultura e políticas nos anos 60. Tempo social, v. 1, n. 2, p. 159-176, jul./dez. 1989.

COELHO, F. Livro ou livro-me: os escritos babilônicos de Hélio Oiticica. Rio de Janeiro: Eduerj, 2010.

COELHO, F. 1970: pause/play. ARS, v. 15, n. 30, p. 133-148, mai./ ago. 2017.

COOK, D. A history of narrative film. Nova York/ London: Norton & Co., 1990.

CORRÊA, Z. C. M. Primeiro ato: cadernos, depoimentos, entrevistas (1958-1974). São Paulo: Editora 34, 1998.

COUTINHO, C. N. Cultura e sociedade no Brasil: ensaios sobre ideias e formas. São Paulo: Editora Expressão Popular, 2011.

DAVIS, M. Planeta favela. São Paulo: Boitempo, 2006.

DUARTE, P. Palavra modernista: vanguarda e manifesto. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2014.

DUARTE, P. Tropicália ou panis et circencis. São Paulo: Editora Cobogó, 2018.

GIL, Gilberto e VELOSO, Caetano. Debate na FAU. In: COHN, S.; COELHO, F. (Orgs.). Tropicália. Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2012, p. 126-133.

MARICATO, Hermínia. Metrópole na periferia do capitalismo. São Paulo: Hucitec, 1996.

PATRIOTA, R. A cena tropicalista no Teatro Oficina de São Paulo. História, v. 22, n. 1, p. 135-163, jan./ jul. 2003.

RICUPERO, B. “O “original” e a “cópia” na antropofagia. Revista Sociologia & Antropologia, v. 08, n. 3, p. 875-912, set.-dez., 2018.

ROCHA, G. Revolução do cinema novo. São Paulo: Cosac Naify, 2004.

SCHWARZ, R. Martinha versus Lucrécia. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

SCHWARZ, R. O pai de família e outros estudos. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

TELES, J. Do frevo ao manguebeat. São Paulo: Editora 34, 2012.

XAVIER, I. As alegorias do subdesenvolvimento: cinema novo, tropicalismo e cinema marginal. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

Downloads

Publicado

2021-06-23

Como Citar

MARINO, R. O TROPICALISMO E SEU PROJETO POLÍTICO IDEOLÓGICO: UM EXERCÍCIO DE LEITURA. Revista Encantar, [S. l.], v. 3, p. e021002, 2021. DOI: 10.46375/reecs.v3i.8578. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/encantar/article/view/8578. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ