RETALHOS, TRAMAS E TECIDOS
RECONTANDO A HISTÓRIA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Palabras clave:
Pessoa com Deficiência, Sociedade, Escola, Pedagogia, InclusãoResumen
A discussão sobre a deficiência, ao longo dos anos e nos dias contemporâneos, tem demandado diversos olhares, reflexões, tensões e movimentos que nos impelem ao exercício da pesquisa. Partindo deste princípio, o presente trabalho traz breves reflexões sobre os diferentes olhares às pessoas deficientes em diferentes espaços, desde os tempos primitivos até a contemporaneidade. De tal modo, neste artigo discutimos como temática a história da deficiência promovendo reflexões a partir de um estudo bibliográfico. O problema que motivou o estudo foi: Como as pessoas com deficiência foram percebidas e tratadas ao longo da História? A edificação do estudo se justifica a partir da minha necessidade, por me reconhecer como homem com deficiência visual, em conhecer e refletir sobre os processos vividos pelos sujeitos sociais na trajetória de construção do conceito sobre deficiência. Foi nosso objetivo geral: conhecer como se processou / processa o conceito da deficiência ao longo da História humana. Em relação aos objetivos específicos foram: refletir sobre os movimentos históricos que delinearam os olhares e atenção as pessoas com deficiência; conhecer principais dispositivos constitucionais que originaram e ou estão em vigência a garantir os direitos constitucionais das pessoas com deficiência ao acesso à educação digna, inclusiva e equânime. Para fundamentar o estudo, dialogamos com autores como: Maria Aparecida Gugel (2007), Vera Garcia (1985), Mara Gabrile (2016), Isaias Pessotti (1984) e Carlos Medeiros Monteiros (2016). Quanto a metodologia, destacamos que o estudo foi de abordagem qualitativa, sendo do tipo bibliográfico. Em linhas gerais, o estudo revelou que a deficiência não é uma condição estática da pessoa, mas sim humana. Portanto, uma “diferença” que pode surgir a partir da genética, durante uma intercorrência no parto, nos primeiros dias de vida da criança ou ainda durante qualquer fase da vida em toda a existência dos povos, em diferentes épocas, locais e momentos históricos. Em síntese, ser diferente é normal e, essas diferenças tornam as pessoas únicas com características que formam a identidade, e por sua vez, dá substância à emancipação humana, tendo em vista que as pessoas com deficiência, na sua maioria, são ignoradas, “negadas socialmente”.