O Ecofeminismo e a Teologia Ecofeminista
DOI:
https://doi.org/10.52579/diapi.vol3.i.a16307Palavras-chave:
ecofeminismo, teologia ecofeminista, ecofeminismo simbólico-construcionista, unidade antropológicaResumo
O termo ecofeminismo é do final de 1970, foi cunhado no interior de movimentos sociais e políticos na França, a fim de associar dois movimentos distintos: o movimento ecológico e o feminista. O ecofeminismo defende que a opressão da mulher e a destruição do planeta são fenômenos interligados em que ambos sofrem de violência para a dominação, para o controle do que é diferente e daquilo de onde se provem os recursos. Entre as diferentes vertentes do ecofeminismo, o ecofeminismo simbólico-construcionista acredita que a cura do mundo e o fim do dualismo homem/mulher são as respostas para os problemas atuais. Sob uma perspectiva religiosa acerca do ecofeminismo, há autores que defendem que a ética da aliança do Antigo Testamento traz uma visão do universo inteiro como sendo sagrado e, portanto, objeto de cuidado. Neste sentido, não há a divisão homem/espirito x mulher/físico, ou seja, o ecofeminismo nos convida a repensar os símbolos do sagrado e pensar o mundo sobre uma nova perspectiva. No Brasil, as teologias feministas se desenvolveram dentro dos movimentos sociais e eclesiais sob o viés de construir outra mentalidade em relação ao todo, por meio da crença em uma unidade antropológica, que aponta para uma lógica da igualdade entre homens e mulheres e combatendo qualquer forma de sexismo; além disso, crê no aprofundamento das relações entre os seres humanos e os demais seres da Criação como seres interdependentes.
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