A COVID – 19 e os povos indígenas do Maranhão

Resumo

Objetivo: Descrever a prevalência da COVID-19 entre os Povos Indígenas do Maranhão, entre março de 2020 e setembro de 2021. Metodologia: Estudo transversal descritivo, com abordagem quantitativa, realizado por meio de análise de dados secundários sobre a COVID-19, na população indígena do Estado, coletados na plataforma COVID-19, SESAI/MS e na plataforma do Sistema de Registro de Notificações COVID-19 (e-SUS Notifica). Resultados: O estudo observou a evolução da doença e a susceptibilidade destes Povos, identificando a taxa de mortalidade, o número de indígenas positivos, o total de óbitos entre as etnias e a influência da presença de comorbidades. Do total de notificações, foram identificados 2.079 casos confirmados para COVID–19. Os Guajajaras foram a etnia com maior percentual de casos confirmados, 64,69%. A população aldeada correspondeu a 95,18% do total de casos. Dos 2.079 casos confirmados, 51 evoluíram para óbito. A Taxa de Mortalidade Geral ficou definida em 1,27 e as comorbidades foram associadas a 25,49% do total de óbitos. Conclusão: Embora os Povos Indígenas do Estado vivam, em sua maioria, em um contexto de vulnerabilidade, a COVID-19 apresentou uma trajetória semelhante entre a população geral do Estado e a população indígena do Estado.