O Anglicismo no português brasileiro: um fenômeno linguístico orientado por crenças diversas
DOI :
https://doi.org/10.69969/revistababel.v3i2.976Mots-clés :
Anglicismo, Fenômeno linguístico, CrençasRésumé
No presente artigo, disserta-se sobre a polêmica utilização de anglicismo no português brasileiro, fenômeno linguístico não muito novo na história brasileira, no entanto relevante por acender crenças distintas de linguistas, políticos, escritores, estudiosos do assunto, entre outros. A fim de encontrar respostas para os questionamentos levantados, investiu-se na pesquisa bibliográfica, realizando leitura e compreensão de textos, sínteses, cruzamento de informações, análise e interpretação de dados. Dessa forma, buscou-se compreender as crenças que pesquisadores, autores e políticos revelam com relação à inserção do estrangeirismo/anglicismo no Brasil. A investigação dos dados baseou-se nos estudos teóricos de Justina (2006) e Netto (2007); Fiorin (2001); Possenti (2001); Zilles (2001); Celani (2004); Schmitz (2004); Signorini (2004); Carrion (2009); Lopes (1889); Figueiredo (1938); Mendes (2002); Rajagopalan (2003); Silva (2009), tomando, como referência, as categorias conceituais: estrangeirismo e fenômenos linguísticos; proteção e uso da língua portuguesa; crenças sobre condenação e defesa do anglicismo. O assunto é fundamental para a compreensão dos acontecimentos históricos e atuais que envolvem a língua inglesa e o português brasileiro. Através deste estudo, observou-se que há aqueles que defendem a pureza da língua portuguesa, condenando o uso de anglicismo, e há os que afirmam a impossibilidade de sua pureza, vendo o fenômeno linguístico anglicismo como algo peculiar ao processo de mudança das línguas. Para alguns, a efetiva presença de anglicismo no nosso idioma representa riqueza e evolução, não só da língua, mas de uma nação que avança tecnologicamente. Há aqueles que recomendam a prudência, e consideram nacionalismo a elaboração e proposta de um projeto de lei para discutir o tema. Projetos estes cuja justificativa de seus autores atenta para a descaracterização da língua portuguesa. Posicionamentos à parte, este estudo convida à reflexão sobre o anglicismo no Brasil em diversos setores, tais como: economia, esporte, política, cultura e outros.
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