Teoria versus realidade: a pronúncia de inglês como língua franca e o aprendiz adulto

Autores

  • Andressa Brawerman-Albini Universidade Tecnológica Federal do Paraná
  • Leonardo Silva Duarte Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Palavras-chave:

Inglês como língua franca, Identidade, Inteligibilidade, Sotaque, Aprendiz adulto

Resumo

O objetivo desta pesquisa é investigar as visões do aprendiz adulto iniciante a respeito da pronúncia de inglês no contexto de Inglês como Língua Franca (ILF). Considerando que um aspecto bastante forte de identidade dos falantes é o sotaque e que no contexto de ILF é comum entre os falantes o desejo de manter seus sotaques, este trabalho se propõe a verificar as visões dos aprendizes adultos por meio de questionário e analisá-las à luz dos pontos chave das teorias: noções atuais da influência da língua inglesa; identidade dos falantes; sotaques dos falantes não nativos e inteligibilidade. Após análises, identificou-se que entre os 16 aprendizes iniciantes que responderam ao questionário, vários já têm a noção de que o inglês hoje é uma língua global, enquanto que muitos ainda o veem como pertencente a uma nação. A maioria dos participantes apresenta uma forte posição de identidade como brasileiros falantes de inglês. A respeito dos sotaques, grande parte procura atingir a pronúncia nativa, escolhe a variação estadunidense e considera o fator de inteligibilidade o mais importante durante comunicações, julgando o sotaque não nativo menos inteligível. Com este trabalho, espera-se demonstrar que, apesar das teorias de ILF serem bastante disseminadas no meio acadêmico, dentro da sala de aula os aprendizes têm visões que nem sempre correspondem às teorias. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andressa Brawerman-Albini, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Professora Doutora no Departamento Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas.

Leonardo Silva Duarte, Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Graduando em Letras, Língua Inglesa pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Referências

BECKER, M. R. O construto “Inteligibilidade” da língua Inglesa sob o paradigma de língua franca. Anais do X Encontro do CELSUL – Círculo de Estudos Linguísticos do Sul, p. 1-10, 2012

______. Inteligibilidade da língua inglesa sob o paradigma da Língua Franca: Percepção de discursos de falantes de diferentes L1s por brasileiros. Tese (Doutorado). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013.

DALTON, C.; SEIDLHOFER, B. Pronunciation. Oxford: Oxford University Press, 1994.

DERWING, T. M.; MUNRO, M. J. Second language accent and pronunciation teaching: A research‐based approach. Tesol Quarterly, v. 39, n. 3, p. 379-397, 2005.

DÖRNYEI, Z. Questionnaires in second language research: Constructing, administering, and processing. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 2003.

GRADDOL, D. English Next: Why Global English May Mean the End of ‘English as a Foreign Language’. British Council, 2006.

JENKINS, J. The phonology of English as an international language. Oxford: Oxford University Press, 2000.

______. English as a lingua franca: Attitude and identity. Oxford: Oxford University Press, 2007.

______. (Un)pleasant? (In)correct? (Un)intelligible? ELF Speakers’ Perceptions of Their Accents. In: MAURANEN, A; RANTA, E. (Org.). English as a lingua franca: Studies and findings. Cambridge Scholars Publishing, p. 1-29, 2009.

JOSEPH, J. Language and identity: National, ethnic, religious. New York: Palgrave Macmillan, 2004.

KACHRU, B. B. Standards, codification and sociolinguistic realism: the English language in the outer circle. In: QUIRK, R.; WIDDOWSON, H. G. (Ed.) English in the world:teaching and learning the language and literatures. Cambridge University Press, p. 1-6, 1985.

KIRKPATRICK, A. English as an Asian lingua franca and the multilingual model of ELT. Language Teaching, v. 44, n. 2, p. 212-224, Cambridge University Press, 2011.

LIPPI-GREEN, R. English with an accent: Language, ideology, and discrimination in the United States. 2. ed., New York: Routledge, 2012.

MUNRO, M. J.; DERWING, T. M. Processing time, accent, and comprehensibility in the perception of native and foreign-accented speech. Language and speech, v. 38, n. 3, p. 289-306, 1995.

MUNRO, M.J. A Primer on Accent Discrimination in the Canadian Context. TESL Canada Journal, v. 20, n. 2, p. 38-51, 2003.

QUIRK, R. The English language in a global context. In: QUIRK, R.; WIDDOWSON, H. G. (Ed.) English in the world: teaching and learning the language and literatures. Cambridge University Press, p. 11-30, 1985.

RAJAGOPALAN, K. The concept of ‘World English’ and its implications for ELT. ELT Journal, v. 58, n. 2, p. 111-117, 2004.

SEIDLHOFER, B. Research perspectives on teaching English as a lingua franca. Annual review of applied linguistics, v. 24, p. 209-239, 2004.

______. Understanding English as a Lingua Franca. Oxford: Oxford University Press, 2011.

SELIGER, H. W.; SHOHAMY, E. G. Second language research methods. Oxford: Oxford University Press, 1989.

TARROJA BARRIO, N.; LLURDA, E. Accent, intelligibility and discrimination of non-native speakers of English.(Projeto Final), Universidade de Lleida. Facultat de Lletres, Espanha, 2015.

WALKER, R. Teaching the pronunciation of English as a lingua franca. Oxford: Oxford University Press, 2010.

Downloads

Publicado

2019-08-02

Como Citar

BRAWERMAN-ALBINI, A.; SILVA DUARTE, L. Teoria versus realidade: a pronúncia de inglês como língua franca e o aprendiz adulto. Babel: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras, Alagoinhas, BA, v. 9, n. 1, p. 1–19, 2019. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/babel/article/view/6109. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

SEÇÃO LIVRE