O duplo silenciamento em "A muda", de Chahdortt Djavann
Palavras-chave:
Literatura de língua francesa, Gênero, TraduçãoResumo
Chahdortt Djavann é uma escritora e socióloga franco-iraniana engajada em causas feministas, principalmente no que tange ao uso do véu pelas mulheres na religião islâmica. Em seu romance A muda, a autora constrói uma narrativa que expõe o duplo silenciamento sofrido pelas mulheres do Irã: primeiro pelo gênero, depois pela condição subalternizada de pertencerem a um país periférico em relação ao Ocidente. Para analisar essa temática, mobiliza-se as questões de gênero com Felski (2003) e Kehl (2016), e também com Spivak (2010) ao tratar da mulher subalterna, assim como busca compreender a função do tópico do manuscrito encontrado na narrativa a partir de Angelet (1990). Depreende-se, portanto, que Djavann produz uma obra singular a fim de nos fazer refletir sobre os diferentes silenciamentos impostos às mulheres de sua ficção e o silenciamento que o próprio Ocidente impõe aos países não ocidentais.
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Referências
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