A tradução da oralidade de O Quinze para a língua francesa
DOI:
https://doi.org/10.69969/revistababel.v11i.12408Palavras-chave:
Oralidade, Literatura, Tradução para o FrancêsResumo
Rachel de Queiroz publicou seu primeiro romance, "O Quinze", em 1930 e com ele alcançou notoriedade e visibilidade nacional. Sua linguagem simples e coloquial, repleta de marcas de oralidade, foi um ponto muito elogiado justamente por esboçar o falar do nordestino, do sertanejo, de forma natural e espontânea. Em 1986, "O Quinze" teve sua primeira versão publicada para a língua francesa, intitulada "L’année de la grande sécheresse" (tradução de Didier Voïta e Jane Lessa), e mais tarde, em 2014, uma nova tradução surge com o título "La terre de la grande soif" (tradução de Paula Anacaona). Sabendo que traduzir é acima de tudo uma tarefa desafiadora, esse artigo faz uma análise de como as marcas de oralidade, moldadas por Queiroz, foram transpostas para a língua francesa. Verificaremos se essas marcas, presentes no texto fonte foram respeitadas e de que forma as traduções mantiveram esse traço na língua de chegada. O embasamento teórico dessa pesquisa é feito através dos estudos de Paulo Henriques Britto (2016) sobre tradução literária, além de outros estudiosos.
Downloads
Referências
ARROJO, Rosemary. Oficina de tradução. São Paulo: Editora Ática, 1986.
BIDAUD e MERGHERBI. De l’oral à l’écrit. Revue de l’enfance et de l’adolescence. 2005. Disponível em < https://www.cairn.info/revue-lettre-de-l-enfance-et-de-l-adolescence-2005-3-page-19.htm> Acesso em: 31 jul. 2021.
BRITTO, Paulo Henriques. A tradução literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
DOLET, Étienne. A maneira de bem traduzir de uma língua para a outra (1540). In: FAVERI, Cláudia e TORRES, Marie-Hélene Catherine (orgs). Clássicos da teoria da tradução I: Antologia bilíngue Português-Francês. Florianópolis: UFSC, 2004. p. 17-25.
FARIA, Johnwill Costa e HATJE-FAGGION, Válmi. O problema da oralidade em três traduções de Of Mice and Men, de John Steinbeck. Cadernos de Tradução. 2012/1. Disponível em <https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/2175-7968.2012v1n29p53>. Acesso em: 31 jul.2021.
GUEDES, Taffarel Bandeira. Rachel de Queiroz no Romance de 30: um estudo da obra e da fortuna crítica. 2017. Dissertação (Mestrado em Teoria da Literatura). Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2017. Disponível em: <https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29674>. Acesso em: 31 jul. 2021
KALMBACH, Jean-Michel. La grammaire du français langue étrangère pour étudiants finnophones. Finlândia: 2020. Disponível em: <http://research.jyu.fi/grfle/index.html> Acesso em: 31 jul. 2021.
QUEIROZ, Rachel. O Quinze. Rio de Janeiro: José Olympio, 2016.
QUEIROZ, Raquel. L’année de la grande sécheresse. Tradução para o francês de Didier Voïta e Jane Lessa. Paris: Stock, 1986.
QUEIROZ, Raquel. La terre de la grande soif. Tradução para o francês de Paula Anacaona. Paris: Editions Anacaona, 2014.
RIBEIRO, Silvana e PAIM, Marcela. “Pipa” e “amarelinha” na área do “falar baiano” numa perspectiva diageracional . In A fala nordestina: Entre a sociolinguística e a dialetologia. LOPES, Norma, ARAÚJO, Silvana, FREITAG, Raquel. São Paulo: Blucher, 2016. 17-37. Disponível em: <https://openaccess.blucher.com.br/article-details/pipa-e-amarelinha-na-area-do-falar-baiano-20307>. Acesso em: 31 jul. 2021.
SCHNAIDERMAN, Boris. Tradução, Ato desmedido. São Paulo: Perspectiva, 2011.
THEODOR, Erwin. Tradução: Ofício e arte. São Paulo: Cultrix, 1976.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores detém os direitos autorais sem restrições, porém ao submeter os originais, concordam em transferir a este periódico os direitos da primeira publicação. Isto deve ser informado em caso de nova edição do texto. As produções que derivarem deste material, devem obrigatoriamente citar a fonte. Os textos publicados nesta revista, salvo indicações contrárias, encontram-se sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.