O conceito de abordagem de ensino de línguas em perspectiva complexa

Autores

Palavras-chave:

Ensino de Línguas, Abordagem de Ensino de Línguas, Teoria da Complexidade

Resumo

O campo de estudos de Ensino de Línguas sempre esteve envolvido na (re)criação e/ou (re)categorização de termos e conceitos (cf. ANTHONY, 1963; ALMEIDA FILHO, 1997; BORGES, 2009, 2010, 2016; RICHARDS; RODGERS, 2014). Um desses constructos – se não uma das concepções mais discutidas nessa área – é o de Abordagem de Ensino de Línguas. Termo intrinsecamente alinhado (explicita e/ou implicitamente) às escolhas de procedimentos para o fazer docente. Nesse panorama, objetivo revisitar esse conceito e o re-conceituar a luz da Teoria da complexidade (LARSEN-FREEMAN, 1997; LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008; BORGES; SILVA, 2016). Para tanto, utilizo da pesquisa bibliográfica qualitativa-interpretativista. Como resultado, chego à definição de Abordagem de Ensino de Línguas como um padrão teórico de ensino de línguas, emergente na interação de oito agentes teóricos, dos quais: concepção de linguagem, concepção de aprendizagem, teoria de aquisição de segunda língua, competência da linguagem, habilidade da linguagem, unidade de ensino, concepção de aluno e concepção de professor.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Claudio Fernandes Baranhuke Júnior, Universidade Federal do Paraná

Doutorando em Letras (2023-2027) pela Universidade Federal do Paraná. Mestre em Estudos da Linguagem (2020-2021) pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Especialista em Docência no Ensino Superior pelo Centro Universitário Ingá (2020-2021) e em Metodologia do Ensino da Língua Inglesa (2020-2021) pela Faculdade Unyleya. Graduado em Letras Português/Inglês e suas Respectivas Literaturas (2016-2019) pela Universidade Estadual de Ponta Grossa.  Atua como professor de língua inglesa desde 2017, exercendo a docência em escolas púbicas, particulares, bilíngues e em centros de idiomas.  

Referências

ALMEIDA FILHO, J. C. P. A Abordagem orientadora da ação do professor. In: ALMEIDA FILHO, J. C. P. (org.). Parâmetros atuais para o ensino de português língua estrangeira. Campinas, SP: Pontes, 1997, p. 13-28.

ANTHONY, E. M. Approach, method and technique. English Language Teaching, v. 17, p. 63-67. 1963.

BARANHUKE Jr., C. F. Ensino Complexo de Línguas Adicionais: Um Atlas Conceitual de Rotas Teórico-Didático-Metodológicas. 2021. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2021.

BERTALANFFY, L. V. Teoria geral dos sistemas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009 [1968].

BORGES, E. F. V. Um modelo caótico de desenvolvimento reflexivo da profissionalidade de professores de línguas. ReVEL, v. 14, n. 27, p. 364-388. 2016.

BORGES, E. F. V. Metodologia, abordagem e pedagogia de ensino de língua(s). Linguagem & Ensino, v. 13, n. 2, p. 397-414. 2010.

BORGES, E. F. V. Uma reflexão filosófica sobre abordagens e paradigmas na constituição da subárea Ensino-Aprendizagem de LE/L2 na Linguística Aplicada. 2009. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, 2009.

BORGES, E. F. V.; SILVA, W. M. Entrelaçamento de temas na compreensão de sistemas caóticos. In: SILVA, W. M.; BORGES, E. F. V. (org.). Complexidade em ambientes de ensino e de aprendizagem de línguas adicionais. Curitiba: CRV, 2016, p. 241-260.

HOLLAND, J. H. Hidden order: how adaptation builds complexity. Reading, MA: Addison-Wesley, 1995.

HOWATT, A. P. R.; WIDDOWSON, H. G. A history of English language teaching. Oxford: Oxford University Press, 2004.

KUMARAVADIVELU, B. Toward a postmethod pedagogy. TESOL Quarterly, n. 35, p. 537-60. 2001.

KUMARAVADIVELU, B. The post-method: (E)merging strategies for second/foreign language teaching. TESOL Quarterly, n. 28, p. 27-48, 1994.

LAKOFF, G; JOHNSON, M. Metaphors we live by. In: O’BRIEN, J.; KOLLOCH, P. The production of reality. Essays and readings on social interaction. London: Pine Forge Press, 2001, p. 124-134.

LARSEN-FREEMAN, D. Complexity theory: The lessons continue. In: ORTEGA, L.; HAN, Z. H. Complexity theory and language development: In celebration of Diane Larsen–Freeman. Amsterdam: John Benjamins. 2017, p. 11-50.

LARSEN-FREEMAN, D. From unity to diversity… to diversity within unity. Reflections: English teaching forum, n. 2, 2012, p. 22–26.

LARSEN-FREEMAN, D. Chaos/Complexity science and second language acquisition. Applied Linguistics, v. 18, n. 2, 1997, p. 141-165.

LARSEN-FREEMAN, D.; CAMERON, L. Complex systems and applied linguistics. Oxford: Oxford University Press, 2008.

LEFFA, V. J.; IRALA, V. B. O ensino de outra(s) língua(s) na contemporaneidade: questões conceituais e metodológicas. In: LEFFA, V. J.; IRALA, V. B. (org.). Uma espiadinha na sala de aula: ensinando línguas adicionais no Brasil. Pelotas: Educat, 2014, p. 21-48.

MANDELBROT, B. Fractal geometry: what is it, and what does it do? Proc. R. Soc. Lond., p. 3-16. 1989.

MANDELBROT, B. The fractal geometry of nature. New York, W. H: Freeman and Company, 1988.

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, 1995.

OLIVEIRA, L. A. Aula de inglês: do planejamento à avaliação. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

PRABHU, N. S. There’s no best method – why? TESOL Quartely, v. 24, n. 2, p. 161- 176. 1990.

RICHARDS, J. C.; RODGERS, T. Approaches and methods in language teaching. Cambridge: Cambridge University Press, 2014.

Publicado

2023-12-30

Como Citar

BARANHUKE JÚNIOR, C. F. O conceito de abordagem de ensino de línguas em perspectiva complexa. Babel: Revista Eletrônica de Línguas e Literaturas Estrangeiras, Alagoinhas, BA, v. 13, p. e17493, 2023. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/babel/article/view/17493. Acesso em: 28 abr. 2024.