É a ciência artística ou a arte é científica?
DOI:
https://doi.org/10.69969/revistababel.v1i1.100Palavras-chave:
Ensino de língua estrangeira, Contação de estórias, LiteraturaResumo
A partir do fruto de um trabalho de extensão (e pesquisa), cujo fim é formar contadores de estórias em Língua Estrangeira (LE), projeto em andamento na cidade de Alagoinhas-Ba. UNEB-Campus II. Tendo escolhido o subtema: diálogo entre ciência e arte, busco discutir dos tantos diálogos possíveis contidos nessa ceára, a arte de contar estórias como meio de ensinar LE, aproximar culturas, como também motivar os partícipes do processo; inserir a literatura como prática social e na física, mais especificamente, busco confrontar os conceitos reflexão e refração da ótica com a literatura. Porque contar estórias, por várias razões, segundo Cléo Busatto (2003), é também para encantar e sensibilizar ouvintes, estimular o imaginário, tocar o coração, “alimentar” o espírito e formar leitores. A leitura se realiza a partir do diálogo do leitor com o objeto lido seja escrito, sonoro, gesto, imagem, acontecimento. Em face disso, aprender a ler significa também aprender a ler o mundo (Freire), dar sentido a ele e a nós próprios. O objetivo principal desde trabalho é mostrar que é possível o trânsito conceitual entre o que tomaremos nesse contexto como ciência: a física, e como artes: a literatura e contação de estórias. E por que contar estórias em uma segunda língua não é somente um momento lúdico, mas, reconhecidamente também, um recurso didático, uma vez que mediado pela literatura, envolve habilidades comunicativas de importante domínio no aprendizado de LE a compreensão oral, a leitura inclusive a não verbal, entendendo-se assim como semiótica. Reconhecendo a ação de contar estórias como gregária de elementos comunicantes que transitam, desde os recursos didáticos a, muito além, das ações envolvidas no ensino de uma língua. Nesse cenário, encontramos espaço para pensar a literatura como veículo de elementos culturais e de formação do ser que habita o leitor, e por que não dizer, o contador, já que ninguém sai impune do contato com uma obra. Reconhecer o outro, nos personagens, seres provindos de outras culturas e contextos, além de considerações acerca da relevância da literatura como expressão cultural como arte no ensino de LE como ciência. Discutiremos que, tanto a arte pode parecer científica, como a ciência pode ser artística.
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Referências
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