Escrita de si e memória: a narrativa como testemunho de vidas
DOI :
https://doi.org/10.35499/tl.v12i2.5386Mots-clés :
Escrita de si, Memória, Literatura de testemunho, Isabel Allende, Hermilo Borba Filho.Résumé
Este ensaio propõe uma discussão em torno dos conceitos de “memória”, “escrita de si” e “literatura de testemunho” numa tentativa de pensar o papel que ambos desempenham na construção de um texto em que o sujeito narra a sua própria história. Para isso, tomam-se como exemplos duas obras da literatura latino-americana: Margem das lembranças, romance escrito na década de 1960, pelo escritor pernambucano Hermilo Borba Filho, e Paula, da escritora chilena Isabel Allende, com datação de três décadas depois. Em comum, estas obras de caráter autobiográfico trazem em suas superfícies a reconstrução em tom memorialístico das vidas de seus autores através de uma narrativa em primeira pessoa: a obra hermiliana nos apresentando um sujeito que busca, antes de tudo, uma compreensão de si mesmo a partir de seu próprio testemunho e a narrativa de Allende expondo o desespero de uma mãe que acredita inutilmente que, ao contar sua trajetória, estará aproximando da vida uma filha que já se encontra em coma profundo e irreversível. Assim, tenta-se compreender como a recorrência à memória contribui para a construção de uma escrita de si nos textos ora citados e também de que modo esse tipo de escrita dá conta de dizer o sujeito que testemunha sua vida.Téléchargements
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Publié-e
2018-12-18
Comment citer
DA SILVA, H. M.; DA SILVA, J. M. Escrita de si e memória: a narrativa como testemunho de vidas. Tabuleiro de Letras, [S. l.], v. 12, n. 2, p. 82–91, 2018. DOI: 10.35499/tl.v12i2.5386. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/tabuleirodeletras/article/view/5386. Acesso em: 23 nov. 2024.
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