Lívia: o mistério de si em tempos globais: romance e história
DOI :
https://doi.org/10.35499/tl.v0i4.165Mots-clés :
Interculturalidade, Brasil/Canada, Romance histórico, Fundação nacional, Canudos,Résumé
Com base na trama romanesca de Lívia et le mystère de la croix du Sud, discute-se a rede de uma dialógica identitária envolvendo trocas culturais entre intelectuais do Brasil e da francofonia, a partir do Canadá. A produção e reformulação de representações e utopias do trânsito entre os dois países continentais são vistas como figuradoras dos dramas existenciais das personagens, do entre-lugar na passagem do milênio. Lívia é analisado pela ótica das várias espécies narrativas experimentadas, das relações intertextuais com o romance de formação, de fundação nacional quebequense e pelo emprego da mitologia afro-baiana tomada de Jorge Amado. A busca de uma mitologia fundadora híbrida, extraída do aporte de Jorge Amado e do Canudos euclidiano, é confluente aos estudos críticos da autora, também ensaísta. Confronta-se, ainda, a narrativa de formação de Lícia Soares de Souza com a de Luzes de Paris e o fogo de Canudos, de Angela Gutiérrez, que tematiza o trânsito de sua protagonista e das elites brasileiras entre Brasil e França na passagem do século XIX ao XX, na intercorrência de Canudos.
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