A maternidade e o feminino em “Nossa casa”, de Natalia Timerman, e “Que chegue ao Japão”, de Alice Munro*
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v18i2.21597Abstract
Este artigo busca investigar o feminino e a maternidade nos contos Nossa casa, de Natalia Timerman, e Que chegue ao Japão, de Alice Munro. Para tanto, como demanda das próprias obras estudadas, são convocados para o diálogo Wolfgang Iser, Jacques Lacan, Ram Mandil, Fernanda Costa, Gilson Iannini, Virginia Woolf e Noemi Jaffe. A leitura aqui apresentada se orienta pelo que reverbera, pelo que ecoa nos textos estudados, como método cujo rigor está em jamais aplicar à obra literária um enquadramento teórico, mas lê-la de modo a localizar nela, na sua forma, um saber com que outros saberes possam dialogar, e sempre sustentar a leitura a partir da obra literária, nunca fora dela. Como consequência, a forma deste artigo, sua estrutura reflete esse movimento de leitura, até porque, como a literatura nos ensina, a forma como se diz interfere diretamente naquilo que se diz.
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