Comer da fome de Quincas, ou, para instaurar outros modos de existência
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v17i1.17109Palavras-chave:
Quincas Berro d’Água, Jorge Amado, Modos de existência, Vagalume, VidaResumo
Este texto, comprometendo-se eticamente com o soerguimento da vida, configura-se como uma tentativa de responder ao assédio da produção contemporânea de paixões tristes que buscam constantemente submeter os nossos corpos. Para tanto, procura estar com a literatura de Jorge Amado, aqui entendida em função de seu empenho em libertar a vida daquilo o que a despotencializa. Com o objetivo de produzir um circuito alternativo de afetos, agora regido pela alegria, este texto dá as mãos a Quincas Berro d’Água, além de a Spinoza (2017), Didi-Huberman (2012), Gilles Deleuze (2002), Suely Rolnik (2018) e Pelbart (2016). Trata-se de acessar a Quincas naquilo o que ele emana de força ao nosso encontro, produzindo um aumento da nossa potência de agir – condição indispensável para a instauração de outros modos de existência.
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