O silenciamento das mulheres em "A pequena sereia", de Hans Christian Andersen, e "Uma voz entre os arbustos", de Marina Colasanti
DOI:
https://doi.org/10.35499/tl.v16i1.13989Resumo
Resumo:
Este artigo objetiva analisar o silenciamento feminino representado no conto de fadas tradicional “A Pequena Sereia”, de Hans Christian Andersen, publicado inicialmente em 1837, em comparação com o conto de fadas moderno “Uma voz entre os arbustos”, de Marina Colasanti, publicado pela primeira vez em 1992. Neles, é possível estudar como a sociedade patriarcal mantém as mulheres no espaço privado, enquanto aos homens pertence o espaço público. Assim, limitadas à esfera doméstica por muito tempo, as mulheres não podiam se expressar, discursar ou escrever publicamente, uma vez que essas eram consideradas atividades masculinas. Nesse contexto, o silêncio das mulheres era uma forma de mantê-las submissas aos homens. Desse modo, comparamos esses dois contos de fadas a fim de identificar os sentidos do silêncio das protagonistas produzidos em momentos históricos diferentes: romantismo e contemporaneidade. Para isso, adotamos conceitos da teoria feminista de gênero, conforme autoras como Mary Del Priore (2020), Chimamanda Ngozi Adichie (2015), Adriana Piscitelli (2009), Heleieth Saffioti (2004); a ideia de poder segundo Michel Foucault (2011), e conceitos sobre os contos de fadas de acordo com Luís da Câmara Cascudo (2012), Mariza Mendes (2000), Nelly Novaes Coelho (1991), entre outros.
Palavras-chave: Patriarcado; Mulheres; Silenciamento; Contos de fadas.
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