ATENDIMENTO COMPARTILHADO COMO ESTRATÉGIA DE MATRICIAMENTO: RELATO DE EXPERIÊNCIAS DE FONOAUDIÓLOGAS RESIDENTES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

Autores

Palavras-chave:

Interconsulta, Atenção Básica, Equipe interdisciplinar de saúde, Fonoaudiologia, Residência multiprofissional

Resumo

Introdução: A atenção primária em saúde (APS) ou atenção básica (AB) corresponde ao primeiro nível de atenção à saúde, englobando ações de promoção, prevenção, diagnóstico e reabilitação, visando ofertar cuidado integral resolutivo à situação de saúde da população. Entre as ações da AB, temos a estratégia saúde da família (ESF), considerada como estratégia prioritária para consolidação e expansão da AB. Uma das intervenções da ESF, é o atendimento compartilhado, ou interconsulta, que é uma das possibilidades de atuação em equipe. Os atendimentos compartilhados/interconsultas permitem que aconteça o matriciamento, um processo de construção conjunta do cuidado em saúde. Objetivo: Relatar vivências de três fonoaudiólogas residentes na condução do matriciamento, em Unidades de Saúde da Família (USF) em Salvador, Bahia, Brasil, contextualizando as contribuições desta área do saber nas ações multiprofissionais. Metodologia: Este artigo se caracteriza como um relato de experiência, resultado de vivências práticas em serviços de AB nas USFs na cidade de Salvador/Bahia. Resultado e Discussão: Foram vivenciadas práticas com atendimentos compartilhados (interconsultas), em três espaços USFs diferentes, articulado com diferentes categorias profissionais. São apresentadas experiências individuais e reflexões da vivência do matriciamento. Considerações Finais: A experiência vivida com a realização do matriciamento, foi fundamental para entender e potencializar o funcionamento da AB como dispositivo resolutivo às questões de saúde. Poder articular a integração de saberes nos âmbitos de promoção e prevenção, nos torna mais capacitados à olhar para um cuidado integral, humanizado, colocando em prática a potência oferecida pela interdisciplinaridade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernanda Gomes de Jesus Meireles, Residente no Programa de Residência Multiprofissional com Ênfase na Primeira Infância na Comunidade da Universidade Federal da Bahia - Brasil

Graduada em Fonoaudilogia pela Universidade Federal da Bahia. 

Manuela Moreira da Silva Pereira, Residente no Programa de Residência Multiprofissional com Ênfase na Primeira Infância na Comunidade da Universidade Federal da Bahia - Brasil

Graduada em Fonoaudiologia pela Universidade Federal da Bahia.

Thaynara de Carvalho Skubincan, Universidade Federal da Bahia - Brasil

Graduada em Fonoaudiologia

Laisa Liane Paineiras-Domingos, Professora no Programa de Residência Multiprofissional com Ênfase na Primeira Infância na Comunidade da Universidade Federal da Bahia - Brasil

Doutora e Pós-doutoranda em Ciências pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. 

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da União; 2017. Disponível em: <|https://Bvsms.Saude.Gov.Br/Bvs/Saudelegis/Gm/2017/Prt2436_22_09_2017.Html>

Medeiros RHA de. Uma noção de matriciamento que merece ser resgatada para o encontro colaborativo entre equipes de saúde e serviços no SUS. Physis: Revista de Saúde Coletiva 2015; 25:1165-84.

Figueiredo EN. A estratégia saúde da família na atenção básica do SUS. 2012. Disponível em: <https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/una-169>.

Gonçalves DA, Ballester D, Chiaverini DH, Tófoli LF, Chazan LF, Almeida N, Fortes s. Guia prático de matriciamento em saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde, Centro de Estudos e Pesquisa em Saúde Coletiva. 2011. Disponível em: <https://repositorio.observatoriodocuidado.org/bitstream/handle/handle/581/Guia%20pr%C3%A1tico%20de%20matriciamento%20em%20sa%C3%BAde%20mental.pdf?sequence=1&isAllowed=y>

Farias GB, Fajardo AP. A interconsulta em serviços de Atenção Primária à Saúde. Revista Eletrônica Gestão e Saúde 2015; 3:2075-93.

Schimitt R, Gomes RH. Aspectos da interconsulta psiquiátrica em hospital de trauma. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul 2005; 27:71-81.

Chiaverini DH, et al. Guia prático de matriciamento em saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011. 236 p.

Cunha GT. A construção da clínica ampliada na Atenção Básica. Campinas: Hucitec, 2005.

Carvalho MR, Lustosa, MA. Interconsulta psicológica. Rev. SBPH 2008; 11:31-47.

Souza, MO, Machado BA, Serra R, Damacena JA, Souza MC. Apoio matricial, Interprofissionalidade e Núcleo de Apoio à Saúde da Família: percepção dos trabalhadores da Atenção Primária à Saúde de Salvador-Bahia. Rev. APS 2019; 22:1-17.

Campos GWS, Domitti AC. Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cad. Saúde Pública 2007; 23:399-407.

Cunha GT, Campos GWS. Apoio matricial e Atenção Primária em Saúde. Saúde soc 2011; 20:961-70.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Cadernos de Atenção Básica, n. 39. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

Santos RABG, Uchôa-Figueiredo LR, Lima LC. Apoio matricial e ações na atenção primária: experiência de profissionais de ESF e NASF. Saúde em Debate 2017; 41:694-706.

Salvador AS, Medeiros CS, Cavalcanti PB, Carvalho RN. Construindo a multiprofissionalidade: um olhar sobre a residência multiprofissional em saúde da família e comunidade. Rev bras cienc saude 2011; 15:329-38.

Carrapato P, Correia P, Garcia B. Determinante da saúde no Brasil: a procura da equidade na saúde. Saúde e Sociedade 2017; 26:676-89.

Domingos CM, Nunes EFPA, Carvalho BG. Potencialidades da Residência Multiprofissional em Saúde da Família: o olhar do trabalhador de saúde. Interface-comum. saúde educ. 2015; 19:1221-32.

Nascimento ACB, Omena KVM. A Educação Interprofissional em Programas de Residência Multiprofissional em Saúde no Brasil: uma revisão integrativa. RSD 2021; 10:e8010413655.

Ellery AEL, Pontes RJS, Loiola FA. Campo comum de atuação dos profissionais da Estratégia Saúde da Família no Brasil: um cenário em construção. Physis: Revista de Saúde Coletiva 2013; 23:415-37.

Downloads

Publicado

2022-10-28

Como Citar

Meireles, F. G. de J., Pereira, M. M. da S., Skubincan, T. de C., & Paineiras-Domingos, L. L. (2022). ATENDIMENTO COMPARTILHADO COMO ESTRATÉGIA DE MATRICIAMENTO: RELATO DE EXPERIÊNCIAS DE FONOAUDIÓLOGAS RESIDENTES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE. Práticas E Cuidado: Revista De Saúde Coletiva, 3, e13247. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/saudecoletiva/article/view/13247

Edição

Seção

Relato de Experiência

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)