O Idealizado e o (não) Factível nos Protocolos para a Educação da Primeira Infância
o desalinho das políticas educacionais em tempo de pandemia refletido nas práticas educativas
Palavras-chave:
Pandemia, Educação infantil, Práticas EducativasResumo
Este ensaio resultou do estudo de cinco protocolos sanitários publicados em 2021 e da análise de testemunhos dados por profissionais atuantes na educação, especialmente, na educação infantil pertencentes ao Grupo de Estudos “ Formação Profissional e Práticas de Supervisão em Contextos”, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Os propósitos principais deste estudo foram: identificar a natureza dos textos protocolares; analisar em que medida eles estiveram alinhados às realidades contextuais das instituições educacionais; compreender como os práticos experienciaram a condição do retorno às atividades presenciais. Em conclusão, pode-se afirmar que os protocolos sanitários não consideraram a pluralidade de condições das instituições de educação e a complexidade do cotidiano, focalizando somente aspectos técnico-operacionais. Como agravantes, a desarticulação entre os setores de serviço público e, também, a falta de comunicação mais assertiva das secretarias municipais com as unidades educacionais, geraram incertezas e exigiram que as equipes criassem suas próprias equações aos problemas locais. Ao mesmo tempo que isso representou um grande desafio às equipes, também resultou em aprendizados interessantes.
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