Escola, Educação Básica e Analfabetismo Estrutural no Brasil
a negação da escola aos trabalhadores
Palavras-chave:
Educação básica, Analfabetismo, Educação de Jovens e AdultosResumo
No Brasil, a negação da educação escolar para as classes populares-classe trabalhadora- vem se constituindo como o modus operandi das elites em manter o controle hegemônico das massas, ora negando a escola, ou mesmo quando esta é oferecida de forma precária, que acaba fatalmente contribuindo para este deserto educacional que assola o país com índices de analfabetismo funcional e absoluto que ainda persistem. Este analfabetismo concentrado em grande medida em pessoas jovens e adultas, vem sendo sustentado pela ausência de uma efetiva política pública de oferta da educação básica na idade adequada, e quando isso não ocorre o que resta é uma grande massa de trabalhadores desprovidos de conhecimentos técnico-científicos, quando muito, lhes restam os programas de EJA, como mecanismos de compensação. Esta condição de negação de uma educação de qualidade para os trabalhadores apenas reforça o abismo que existe entre as classes sociais em disputa, quando interessa para as elites brancas, patriarcais, escravocratas, empresariais, aparelhadas no estado, o controle das massas através da educação. Considerando que o estado patriarcal e burguês está para atender os interesses das elites e tendo em vista que a educação para emancipação dos trabalhadores será fruto da luta dos próprios trabalhadores, é preciso forjar novas formas de lutas, e entender que a educação é a pedra fundamental de qualquer mudança mais significativa. É nesta perspectiva que o presente artigo vem trazer provocações ao leitor acerca destes processos de dominação histórica através da educação. De outro modo consideramos que só com educação de base, de qualidade e na idade certa, somados a um processo massivo de alfabetização se constituirá como determinante neste processo de mudanças e inserção educacional.
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