Práticas da imagem e produção de vidas: insurgências curriculares visuais, estéticas e culturais nas redes
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2017.v2.n6.p535-548Palavras-chave:
Chave, Cultura Visual, Selfies, Juventudes, escolas, currículos, visualidadesResumo
Abordando aspectos teóricos da imagem e sua relevância na formação de indivíduos e coletivos, esse artigo pretende contribuir com os estudos da Cultura Visual & Educação, refletindo sobre criações, trânsito e efeitos de imagens caras a parte da juventude brasileira, nas redes sociais, autoimagem, selfies e de outras ordens. Apoiados em dois populares ídolos juvenis – Inês Brasil e o grupo de funk Bonde das Bonecas, criadores de suas imagens e detentores de notoriedade em meio à precariedade material, contraestética e de insurgência contra padrões imagéticos dominantes –, tomamos a circulação de suas imagens como notável militância visual, visto catalisarem e agregarem a simpatia de muitos jovens que, ao se sentirem representados, reproduzem imagens, falas e performances como afirmação identitária. Modos de ser e de aprender a ser que desafiam a atualização da educação escolar face às produções curriculares confrontadas e contaminadas pelas redes e visualidades.
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