Percursos na saúde mental baiana: pela naus de uma terapeuta ocupacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2024.v9.n24.e1207

Palavras-chave:

Reforma psiquiátrica baiana, Autoetnografia, Atenção psicossocial

Resumo

 Este artigo autoetnográfico retrata a trajetória de uma profissional de saúde mental, visando refletir sobre os caminhos do cuidado na reforma psiquiátrica na Bahia. O texto entrelaça a trajetória profissional, às políticas de atenção à saúde mental que tiveram um ritmo próprio na Bahia; assim como os avanços e entraves do modelo de atenção psicossocial. Apesar do progresso de organização da rede de atenção psicossocial, com a criação de diversos dispositivos de cuidado territorial, ainda se faz necessário muitos investimentos para destituir o modelo biomédico reducionista, centrado nos sintomas. Ações coletivas são poderosas estratégias para a mudança no modelo de atendimento, mas também são necessários incentivos financeiros e ações institucionais com foco na ampliação de experiências de participação social, educação permanente, avaliação sistemática da assistência e inserção laboral digna.

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Biografia do Autor

Eduarda Motta Santos, Universidade Federal do Sul da Bahia

Doutoranda pela Universidade Federal do Sul da Bahia. Mestra em Estado e Sociedade pela Universidade Federal do Sul da Bahia. Servidora pública estadual. Participante do grupo de pesquisa Estudos interdisciplinares sobre subjetividade, relações de poder e violência

Rafael Andres Patiño, Universidade Federal do Sul da Bahia

Doutor em psicologia pela Universidade Federal da Bahia. Pós-doutorado em memória social (UNIRIO). Professor adjunto, Universidade Federal do Sul da Bahia. Líder do grupo de pesquisa CNPQ Estudos interdisciplinares sobre subjetividade, relações de poder e violência.

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Publicado

2024-12-25

Como Citar

SANTOS, E. M.; PATIÑO, R. A. Percursos na saúde mental baiana: pela naus de uma terapeuta ocupacional. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 9, n. 24, p. e1207, 2024. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2024.v9.n24.e1207. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/19951. Acesso em: 15 jan. 2025.