A máquina de costura e os fios da memória: aspectos (auto)biográficos engendrados pelo cinema

(AUTO)BIOGRAPHICAL ASPECTS ENGENDERED BY CINEMA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2021.v6.n18.p589-604

Palavras-chave:

Educação, Máquina de costura, Autobiografia, Memória

Resumo

O cotidiano, o tempo suspenso pela COVID-19, particularmente no início de 2020, e o contato com filmes e textos despertaram uma onda de pensamentos, memórias e reflexões, que envolviam as artes manuais e várias mulheres que atravessam a minha existência. O objetivo deste texto é refletir sobre experiências vividas, engendradas pelo encontro com alguns artefatos culturais, principalmente o filme Costureiras (2018), e repensar aspectos da minha formação não escolar e da forma como me constituí forjada pelo encontro com as artes manuais. O que as artes manuais, um fazer ainda tão feminino, nos ensina e nos forja enquanto pessoas no mundo? De que maneira, a máquina de costura me conecta a tantas mulheres e histórias da minha vida? Relato fragmentos de uma autobiografia, que foram despertados pelo encontro com filmes. Recorro às lembranças, devido à distância temporal das experiências, para rememorar aspectos importantes da minha formação como pessoa, atravessada por muitas mulheres e suas artes, destacando, dentre tantas aprendizagens, a desmanchar e fazer de novo, todas as vezes que for preciso; a ter cuidado com os outros e consigo mesmo; a dar atenção aos pequenos gestos; e a procurar e enxergar beleza nas coisas simples, nas miudezas da vida.

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Biografia do Autor

Giovana Scareli, Universidade Federal de São João del-Rei

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Professora do Departamento de Ciências da Educação (Deced) da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Líder do Grupo de Pesquisa em Educação, Filosofia e Imagem (GEFI).

Referências

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COSTUREIRAS. Direção Mailsa Passos, Rita Ribes, Virgínia de Oliveira Silva. Rio de Janeiro/Paraíba. Polifonia Filmes/Cinestésico, documentário, 2018. 15’, cor. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Aa0iVLZtCvY.

ESTOU me guardando para quando o carnaval chegar. Direção Marcelo Gomes. Brasil, 2019. 86’, cor.

PERDI meu corpo. Direção Jérémy Clapin. Título original J’ai perdu mon corps.

França, 2019. 81’, cor.

SANTIAGO. Direção João Moreira Salles. Brasil, 2007. 80’, cor.

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Publicado

2021-09-06

Como Citar

SCARELI, G. A máquina de costura e os fios da memória: aspectos (auto)biográficos engendrados pelo cinema : (AUTO)BIOGRAPHICAL ASPECTS ENGENDERED BY CINEMA. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 6, n. 18, p. 589–604, 2021. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2021.v6.n18.p589-604. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/11841. Acesso em: 29 mar. 2024.