Relações entre adultos e crianças: o que dizem as narrativas das crianças?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n15.p1265-1281

Resumo

Este texto, resultado de uma pesquisa de doutorado, discute as relações estabelecidas entre adultos e crianças na contemporaneidade, a partir da escuta de crianças de seis a dez anos, moradoras da Região Metropolitana da cidade do Rio de Janeiro. A pesquisa de campo aconteceu em um Instituto de Artes. O estudo teve como estratégias metodológicas a observação e a realização de entrevistas coletivas. Traz para o debate as contribuições da antropologia filosófica de Walter Benjamin, interlocutor teórico-metodológico do estudo. Aborda as contribuições dos Estudos da Infância como campo interdisciplinar de conhecimento, que fornece elementos para pensar a infância e a criança no âmbito das ciências humanas e sociais. Problematiza as condições que a contemporaneidade tem oferecido para as relações entre adultos e crianças. Enfatiza a necessidade de pensar a criança como semelhante ao adulto na sua humanidade, valorizando-a, em busca de estabelecer com ela uma relação de alteridade.  Nas análises, as crianças, como narradoras privilegiadas de sua condição, dão pistas sobre o mundo que construímos para elas. Ser criança é apontado como condição que espera do adulto escuta, credibilidade, tempo, paciência, calma. As narrativas das crianças abrem possibilidades para a reflexão sobre esse mundo. 

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Biografia do Autor

Gabriela Barreto da Silva Scramingnon, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Professora do Departamento de Didática da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).  Membro do grupo de pesquisa Educação Infantil e Políticas Públicas (EIPP).

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Publicado

2020-10-11

Como Citar

SCRAMINGNON, G. B. da S. Relações entre adultos e crianças: o que dizem as narrativas das crianças?. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 5, n. 15, p. 1265–1281, 2020. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n15.p1265-1281. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/8447. Acesso em: 22 dez. 2024.