Memória e humanidade ciborgue: Blade Runner e a dicotomia humano máquina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n15.p1337-1353

Resumo

Este artigo objetiva interpelar a memória para discorrer sobre a dicotomia humano/máquina – ciborgue – no clássico Blade Runner (1982). Na diegese fílmica, a dúvida sobre a condição do protagonista Rick Deckard, humano ou replicante, é colocada como base a uma discussão acerca da memória como atributo de distinção entre o natural e o artificial, o humano e o replicante. Conclui-se que a figura do ciborgue na narrativa fílmica sugere a superação de dualismos usados para explicar de modo esquemático nossa existência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Hamilcar Silveira Dantas Junior, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Doutor em Educação pela Universidade Federal da Bahia - UFBA. Professor do Departamento de Educação Física (DEF) e do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Cinema (PPGCINE) da Universidade Federal de Sergipe - UFS.

Fabio Zoboli, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Pós-doutor em "Educação do Corpo" pela Universidad Nacional de La Plata (UNLP - Argentina). Professor do Departamento de Educação Física (DEF) e do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGED) da Universidade Federal de Sergipe - UFS. Membro do grupo de pesquisa "Corpo e política"

Renato Izidoro da Silva, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Pós-doutor em "Ciências ambientais e sustentabilidade da Amazônia" pela Universidade Federal da Amazônia (UFAM). Professor do Departamento de Educação Física (DEF) e dos Programa de Pós-graduação em Educação (PPGED) e Interdisciplinar em Cinema (PPGCINE) da Universidade Federal de Sergipe - UFS. Coordenador do grupo de pesquisa "Corpo e política"

Referências

ALVES, Giovanni. Blade Runner, o caçador de androides. In: ______. Trabalho e Cinema: o mundo do trabalho através do cinema. Londrina: Práxis, 2006. p. 203-218.

BAUDRILLARD, Jean. O sistema dos objetos. Buenos Aires: Século XXI Editores. 1988.

BECK, José Orestes. Esses momentos “não” ficarão perdidos no tempo como lágrimas na chuva. Blade Runner: da pré-produção ao culto. In: DOMINGOS, C.S.M; BECK, J.O.; QUINSANI, R.H. (Org.). Os ciclos da história contemporânea: reflexões a partir da relação Cinema-História. Porto Alegre: Fi, 2018. p. 117-132.

BISKIND, Peter. Como a geração sexo-drogas-e-rock’n’roll salvou Hollywood: easy riders, raging bulls. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2009.

Blade Runner, o caçador de androides (Blade Runner). Direção: Ridley Scott. Los Angeles, 1982. 1 DVD (117 min.), son., color., legendado. Tradução: Blade Runner.

DELEUZE, Gilles. Espinosa: filosofia prática. São Paulo: Escuta, 2002.

DESCARTES, René. Discurso do Método. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

DICK, Philip K. O caçador de Androides. São Paulo: [s.n.], 2002.

ESPINOSA, Baruch. Ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

GUIMARÃES, Armando Rui. Mary Shelley: vida e obra. In: ARAÚJO, A.F.; ALMEIDA, R.; BECCARI, M. (Org.). O mito de Frankenstein: imaginário & educação. São Paulo: FEUSP, 2018. p. 32-70.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.

HARARI, Yuval Noah. Sapiens: uma breve história da humanidade. 29. ed. Porto Alegre: L&PM, 2017.

HARAWAY, Donna J. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: SILVA, T.T. (Org.). Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009. p. 33-118.

HOQUET, Thierry. Filosofia ciborgue: pensar contra os dualismos. São Paulo: Perspectiva, 2019.

LA La Land – Cantando estações. Direção: Damien Chazelle. Los Angeles, 2016. 1 DVD (128 min.), son., color., legendado. Tradução: La La Land.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Unicamp, 1990.

POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, p. 200-212, 1992.

POURRIOL, Ollivier. Cinefilô: as mais belas questões da filosofia no cinema. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, 2003.

SANTOS, Marcia Patrizio dos. Corpo: um modo de ser divino (uma introdução à metafísica de Espinosa). São Paulo: Annablume, 2009.

SARTI, Graciela C. El mito de la vida artificial en la literatura y el cine. Buenos Aires: Editorial de la Faculdad de Filosofía y Letras UBA, 2012.

SHELLEY, Mary. Frankenstein ou o moderno Prometeu. São Paulo: Martin Claret, 2018.

Downloads

Publicado

2020-10-11

Como Citar

DANTAS JUNIOR, H. S.; ZOBOLI, F.; DA SILVA, R. I. Memória e humanidade ciborgue: Blade Runner e a dicotomia humano máquina . Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 5, n. 15, p. 1337–1353, 2020. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n15.p1337-1353. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/8298. Acesso em: 23 nov. 2024.