“Escola Modelo de Língua Japonesa” em Dourados-MS: imigração, história e educação feminina

Autores

  • Joice Kochi SEMED/Dourados
  • Magda Sarat Universidade Federal da Grande Dourados
  • Míria Izabel Campos Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2018.v3.n7.p167-186

Palavras-chave:

Imigrantes japoneses, Memórias, Educação feminine, Educação étnica

Resumo

O artigo aborda a educação feminina de imigrantes japonesas, em Dourados, Mato Grosso do Sul, considerando a sua participação e pioneirismo na abertura da “Escola Modelo de Língua Japonesa de Dourados/MS”. Objetiva-se compreender como as mulheres se organizaram para manter valores tradicionais da cultura japonesa, buscando a difusão de padrões de comportamento, para crianças e jovens, em uma “Escola”. As fontes, constituídas por histórias de vida, trajetórias docentes e memórias autobiográficas, foram recolhidas via procedimentos da história oral, o que permitiu abordar as relações de gênero. Utilizaram-se, também, documentos oficiais e fotos. Os resultados apontam que as professoras foram idealizadoras da “Escola” e figuras imprescindíveis à comunidade de imigrantes e de nipo-brasileiros, atuando até o presente na manutenção da tradição e da cultura japonesas no município. Conclui-se que as relações de gênero estão fortemente marcadas no grupo de imigrantes, se expressando no alijamento das mulheres do espaço público, apesar de que, no movimento específico, as mulheres estivessem à frente, paradoxalmente a sua educação, fundada em “silêncios” e “submissões” da “vida doméstica”, características presentes na concepção de educação para meninas, demonstrando os aspectos da cultura e os padrões da formação feminina japonesa.

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Biografia do Autor

Joice Kochi, SEMED/Dourados

Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UFGD. Professora da Educação Infantil lotada na Secretaria Municipal de Educação (SEMED), Prefeitura Municipal de Dourados. Grupo de Pesquisa Educação e Processo Civilizador (GPEPC).

Magda Sarat, Universidade Federal da Grande Dourados

Doutora em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da UNIMEP. Professora Associada lotada na Faculdade de Educação (FAED), Universidade Federal da Grande Dourados. Grupo de Pesquisa Educação e Processo Civilizador (GPEPC).

Míria Izabel Campos, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG/1985), Especialização em Psicologia Educacional pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MINAS/1996) e Mestrado em Educação pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/2010). É Professora Assistente da Universidade Federal da Grande Dourados, lotada na Faculdade de Educação (FAED). Cursa o Doutorado em Educação no Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação, na mesma
Universidade. Realiza estudos e pesquisas na temática gênero, sexualidade e suas interfaces com a Educação Infantil, com ênfase nos trabalhos com formação de professoras. É membro dos seguintes grupos de pesquisa na UFGD: Grupo de Pesquisa Educação e Processo Civilizador/GPEPC e Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Educação Infantil e a Infância (GEINFAN) na Faculdade de Educação/FAED.

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Entrevistas:

YASUKO. Entrevista concedida a Joice Camila dos Santos Kochi. Dourados, em julho de 2016. Gravação registrada em aplicativo Gravador do iphone.

SATOKO. Entrevista concedida a Joice Camila dos Santos Kochi. Dourados, em fevereiro de 2016. Gravação registrada em aplicativo Gravador do iphone.

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Publicado

2018-04-26

Como Citar

KOCHI, J.; SARAT, M.; CAMPOS, M. I. “Escola Modelo de Língua Japonesa” em Dourados-MS: imigração, história e educação feminina. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 3, n. 7, p. 167–186, 2018. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.2018.v3.n7.p167-186. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/4122. Acesso em: 22 dez. 2024.