Violeta Parra e suas arpilleras decoloniais
DOI:
https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.2021.v6.n18.p449-469Palavras-chave:
Violeta Parra, Folclore chileno, Arpilleras, Decolonialidade, Arte popular latino-americanaResumo
O presente trabalho debruça-se sobre a vida e obra da folclorista e multiartista Violeta Parra com foco em sua produção de arpilleras como uma contribuição fundamental para a constituição do legado artístico e cultural decolonial dos povos latino-americanos. Para tanto partimos do estudo analítico de Estivil (2016; 2018) que compreende a obra de Violeta Parra como expressão de uma arte decolonizadora determinada a emancipar a tradição popular chilena e andina do lastro da colonialidade/modernidade, o que a situa como uma das precursoras da Arte Contemporânea Latino-Americana. Para dialogar sobre a sua produção artística, seu processo criativo e sua missão artístico-cultural, tomamos como fonte principal o documentário Violeta Parra, Pintora Chilena (2007), de Ignacio Agüero. O texto está constituído por um breve histórico de vida e obra de Violeta, seguido de apresentação e análise de sua produção de arpilleras, concluindo com o desdobramento de sua contribuição para movimentos de resistência de mulheres de camadas populares no Chile e no Brasil.
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Referências
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Filmografia
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Violeta foi para o céu. Direção: Andrés Wood, Chile, 2012. Ficção. Duração: 1'50'.
Violeta Parra, Pintora Chilena. Direção: Ignacio Agüero, Chile, 2007. Documentário. Duração: 120'.
Violeta Parra, Bordadora Chilena (Direção: Jean-Claude Diserens, Genebra, 1965 / 29' / Documentário