#Pedagogiasciberculturais: como aprendemos-ensinamos a nos tornar o que somos?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p247-250

Palavras-chave:

Ciberfascismos, Pedagogias ciberculturais, Ciberinsurgências, Cartografia online

Resumo

Nesta pesquisa nos questionamos: “Como aprendemos-ensinamos a nos tornar o que somos em tempos de cibercultura?” Apostamos na ideia de que as práticas ciberculturais mobilizam inúmeras pedagogias que nos conduzem a múltiplas experiências deformativas e desformativas. Para pensar-fazer esta pesquisa, realizamos movimentos com a pesquisa-cartográfica online, que partem das epistemologias pós-estruturalistas. Cartografamos experiências em/na rede visando a produzir teorizações sobre o hoje, interseccionadas às discussões de gênero, sexualidade, raça, formação, classe, entre outros marcadores sociais. Acompanhamos rastros online que nos fornecessem pistas de como as pedagogias ciberculturais se constituem no presente e reverberam naquilo que nos tornamos, dizemos ser, compartilhamos. Por meio dos dados analisados nesta tese, buscamos cartografar como as pedagogias ciberculturais aparecem, se constituem, suas formações históricas, operacionalizações em rede, desdobramentos na micro/macropolítica da vida cotidiana. Cartografamos que a cibercultura é marcada por inúmeros acontecimentos, entre eles, movimentos e práticas fascistas que operam no sentido e na propagação do ódio às diferenças, que chamamos aqui de “ciberfascistas”. Como desdobramento dos dados analisados, chegamos (produzimos) à noção de “pedagogias ciberfascistas”, operacionalizadas para governar as condutas dxs sujeitxs por meio da produção, partilha e viralização de práticas e de conteúdos odiosos contra as diferenças, destruindo a humanização do outro, transformando-o em coisa, objeto, algo sem vida. Mas na vida cotidiana em/na rede não há somente o ódio; cartografamos que há também movimentos insurgentes, antifascistas, e experiências que alargam a liberdade ética e as redes existenciais de afeto, de solidariedade e de colaboração. As análises nos levaram à noção de “pedagogias ciberinsurgentes”, aquelas que nos conduzem à rebelião contra todas as formas de fascismos, operacionalizadas por redes de indignação e apoio, por meio de partilhas-viralizações que visam a ampliar/dilatar a convivência entre as diferenças e a existências das vidas dissidentes, o fortalecimento dos laços sociais, a cidadania horizontal. São mobilizadas por sujeitxs em alianças com outrxs sujeitxs, tendo como objetivos encorajar, ajudar a denunciar dores e anunciar intervenções de lutas e insurgências, além de potencializar múltiplas intervenções nas cidades-ciberespaços, promover lutas a favor de causas humanitárias, sociais, civis, ecológicas, econômicas.

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Biografia do Autor

Felipe Carvalho, Uerj

Doutor e mestre pelo Programa de Pós-graduação em Educação ProPed/UERJ.

Referências

CARVALHO, Felipe da Silva Ponte de. #Pedagogiasciberculturais: como aprendemos-ensinamos a nos tornar o que somos? 2021. 190f. Tese (Doutorado em Educação) –Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Educação, Rio de janeiro, 2021. Disponível em: http://www.proped.pro.br/teses/teses_pdf/2013_2-1195-DO.pdf. Acesso em 30 jun. 2021.

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Publicado

2022-05-14

Como Citar

CARVALHO, F. #Pedagogiasciberculturais: como aprendemos-ensinamos a nos tornar o que somos?. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 7, n. 20, p. 247–250, 2022. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p247-250. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/12290. Acesso em: 16 nov. 2024.

Edição

Seção

Resumos de Teses e Dissertações