Autoformação Docente na experiência de Supervisão do Pibid: Transações para uma práxis pedagógica emancipatória na Educação Física

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p241-246

Palavras-chave:

Autoformação docente. Racionalidade dialógica-reflexiva. Práxis emancipatória. Pibid. Educação física.

Resumo

Como objeto desta tese, problematiza-se a autoformação docente pela racionalidade dialógico-reflexiva na supervisão do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). A postura investigativa assenta-se sobre a heurística de fenômenos educativos que recorrem às (inter)subjetividades pela realidade da produção de sentidos, da história de vida e formação docente, por um ato humanizante. Nessa perspectiva, delineou-se, como objetivo geral, compreender a autoformação docente, em transações heurísticas, engendrada pela racionalidade dialógica-reflexiva na experiência de supervisão do Pibid, constituindo aporte para a práxis pedagógica emancipatória na Educação Física. Mobilizados por uma leitura não linear do campo teórico-empírico, investiu-se, por conseguinte, numa etnopesquisa-formação com disposições dialética e dialógica pela hermenêutica crítica cujos etnométodos/dispositivos de análise foram: Observação implicada/Diário de Itinerância; Memoriais de formação; Círculos reflexivos; Entrevistas narrativas. O campo empírico, por sua vez, foi o subprojeto do Pibid do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) campus Canindé, observado com base na e pela experiência de três professores/as-supervisores/as. A (re)leitura histórica e reiteração conceitual sobre a autoformação docente têm sua âncora nos escritos de Gaston Pineau (recorte temporal de 1983-2020), que permitiram uma articulação do pensamento-ação, explicitado nas dimensões: ontológica, epistemológica e metodológica, trabalhadas por Therrien (2014) e que revestem esse conceito a partir da tríade: alteridade, reflexividade e dialogicidade. Assim, afirmamos, na e pela alteridade, a disponibilidade para refletir sobre o respeito à diferença e convivência social, compreendendo que falar sobre autoformação não significa aprender sozinho, nem prescindir-se de um formador, nos aproximando da existência singular-plural na qual se apreendem as relações consigo e com os outros pelas itinerâncias de aprendizagens. Traduzimos a reflexividade como movimento de autonomização docente, percebendo as transições da curiosidade ingênua para a curiosidade epistemológica, as quais estão relacionadas à mobilização de saberes científicos em consciência do ser e fazer pedagógico, com vistas a aprofundar os níveis de reflexão. Ademais, afirmamos a dialogicidade como lugar de consciências política e crítica, estabelecendo nexos com a transformação social e tendo o diálogo como caminho de significação humana pautado pelas dimensões ética e estética como aquelas autoformadoras. Com base nesse investimento teórico-empírico, foi possível constatar que, de modo geral, a alteridade (54 enunciados) revelou-se em maior potência autoformadora, seguida da dialogicidade (39 enunciados) e reflexividade (28 enunciados) para os/as professores/as-supervisores/as na experiência de supervisão do Pibid. Ao mesmo tempo, cada professor/a-supervisor/a teve suas singularidades projetadas em torno desses referentes. Por fim, evidencia-se que um fenômeno educativo que se afirma como processo autoformativo se funda, substancialmente, nas transações da alteridade, reflexividade e dialogicidade, de forma amalgamada e em movimento diretivo a uma racionalidade dialógico-reflexiva. Dessa maneira, asseveramos como importante a permanência do sentir-pensar-agir da autoformação docente na Educação Física implicada uma relação dialética e dialógica capaz de subsidiar um (re)agir cultural em contextos opressores para  legitimar a autonomização docente, consolidando uma perspectiva de antropoformação pela intersubjetividade. Destarte, a permanente recursividade sobre a racionalidade dialógico-reflexiva coloca-se como forma de emancipação humana em constante devir do “ser mais” na e pela práxis educativa, em implicação de luta política e social e ressonância (auto)crítica.

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Biografia do Autor

Samara Moura Barreto de Abreu, Docente no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará

Doutora em Educação pela Universidade Estadual do Ceará. Integrante do Grupo de Estudos em Educação, Saúde e Exercício Físico e do Grupo Educação, História e Saúde Coletiva.

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Publicado

2022-05-14

Como Citar

ABREU, S. M. B. de . Autoformação Docente na experiência de Supervisão do Pibid: Transações para uma práxis pedagógica emancipatória na Educação Física. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)biográfica, [S. l.], v. 7, n. 20, p. 241–246, 2022. DOI: 10.31892/rbpab2525-426X.22.v7.n20.p241-246. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/11239. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Resumos de Teses e Dissertações