Mulheres na Licenciatura em Computação: problematizações contemporâneas
DOI:
https://doi.org/10.29378/plurais.2447-9373.2022.v7.n.14076Palavras-chave:
Mulheres na ciência, licenciatura em Computação, GêneroResumo
O presente artigo é recorte de uma pesquisa que problematiza a participação da mulher na ciência, especialmente no Curso de Licenciatura em Computação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul) Câmpus Pelotas. O trabalho em questão tensiona a constituição dos campos de saber que compõe o Curso – docência e computação –, traçando um olhar sobre as relações de gênero histórico-culturais. Tal interesse de investigação emergiu de algumas inquietações, especialmente quanto ao número reduzido de mulheres que frequentavam o Curso. Para a problematização da pesquisa toma-se como questão norteadora: Como chegamos a essa naturalização que delimita alguns campos de saber como mais propícios aos homens do que às mulheres? Como estratégia metodológica, realizou-se um estudo bibliográfico por meio de artigos coletados em plataformas acadêmicas, como o Google Acadêmico, Scielo, Portal de Periódicos da CAPES e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Também foi feito um mapeamento de trabalhos e estudos que discutissem sobre a emergência da ciência enquanto campo de saber e da inserção da mulher nele.Além disso, alguns dados sobre o próprio Curso de Licenciatura em Computação são utilizados para contextualização de algumas discussões, tais dados versam sobre: matriculados, egressos e evasões por gênero. O estudo permite compreender alguns traços histórico-culturais que levam o referido Curso a se constituir como um campo hegemonicamente masculino, apesar de se tratar de uma licenciatura, considerada uma área feminina, tem uma aderência masculina muito maior, pois o que se coloca em evidência, na busca pelo Curso, é a área da Computação.
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