EFEITO ALELOPÁTICO DE EXTRATO AQUOSO DE FOLHAS DE Tabebuia aurea (SILVA MANSO) BENTH. & HOOK F. EX S. MOORE SOBRE A GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Lactuca sativa L.
DOI :
https://doi.org/10.29327/ouricuri.v8.i2.a2Mots-clés :
Recuperação de áreas degradadas, Craibeira, Alelopatia.Résumé
Alelopatia é a capacidade que uma planta tem de inibir ou estimular a germinação ou desenvolvimento de outras espécies por meio de compostos químicos liberados no ambiente. Objetivou-se avaliar o efeito alelopático de extratos de folhas de craibeira (Tabebuia aurea) sobre a germinação da alface (Lactuca sativa), visando à utilização dessa árvore em projetos de recuperação de áreas degradadas da Caatinga. Extratos aquosos foram preparados nas concentrações de 25, 50, 75 e 100%, e caracterizados quanto ao pH. Como controle utilizou-se a água destilada (0%). Os testes foram realizados em delineamento inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 4 repetições de 25 sementes, sendo estas distribuídas em caixas gerbox, forradas com duas folhas de papel germitest e umedecidas com 5 mL de extrato, nas diferentes concentrações. No germinador os aquênios foram submetidos a uma temperatura de 25 ºC, usando um fotoperíodo de 12 horas. A partir de 48 horas iniciou-se a germinação. Os resultados dos testes de germinação foram submetidos à ANOVA e a comparação das médias foi feita pelo teste de Tukey (p ≤ 0.05). Para a germinação foram avaliados a porcentagem de germinação, a velocidade de germinação e o índice de velocidade de germinação. Constatou-se que os extratos de folhas frescas de Tabebuia aurea não reduziram a porcentagem de germinação, porém houve alteração no vigor. Já os extratos de folhas secas de T. aurea afetaram negativamente todas as variáveis analisadas. Os resultados indicam um efeito alelopático de T. aurea, sendo que a mesma deve ser utilizada de maneira cautelosa em projetos de recuperação de áreas degradadas.
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