FLORAÇÃO E BIOLOGIA FLORAL DO MAXIXEIRO

Thiago Francisco de Souza Carneiro Neto; Gleydson Brenno dos Santos Silva; Sebastião Venancio de Almeida Neto; Rayla Mirele Passos Rodrigues; Moisés de Souza Feitosa; Poliana Martins Duarte; Natália Campos da Silva; Kátia Maria Medeiros de Siqueira

doi:10.29327/ouricuri.v8.i1.a6

Autores/as

Thiago Francisco de Souza Carneiro Neto Universidade do Estado da Bahia http://orcid.org/0000-0002-6026-4425
Gleydson Brenno dos Santos Silva Engenheiro Agrônomo http://orcid.org/0000-0001-7578-2172
Sebastião Venancio de Almeida Neto Bolsista de Iniciação Científica CNPq, Graduando em Engenharia Agronômica, Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Universidade do Estado da Bahia,
Rayla Mirele Passos Rodrigues Universidade do Estado da Bahia
Moisés de Souza Feitosa Graduando em Engenharia Agronômica, Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Universidade do Estado da Bahia
Poliana Martins Duarte Universidade Federal do Ceará http://orcid.org/0000-0002-0925-3819
Natália Campos da Silva Universidade do Estado da Bahia http://orcid.org/0000-0002-9409-0849
Kátia Maria Medeiros de Siqueira Universidade do Estado da Bahia http://orcid.org/0000-0001-8194-0827

DOI:

https://doi.org/10.29327/ouricuri.v8.i1.a6

Palabras clave:

Cucumis anguria, Biologia Floral, Floração.

Resumen

A produção do maxixeiro é quase que exclusivamente de forma subespontânea resultando em baixo rendimento e qualidade de frutos. Estudos evidenciam que a produção de maxixe depende da polinização cruzada realizada principalmente por abelhas que realizam este processo ao visitar as flores. Pouco se conhece sobre a biologia floral do maxixeiro. Desta forma, o objetivo desse trabalho foi registrar o período de floração, a relação sexual entre os tipos florais e aspectos da biologia floral como a viabilidade e germinação polínica, receptividade do estigma, volume de néctar e a quantidade de grãos de pólen por antera. O experimento foi conduzido em área experimental no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais – DTCS do Campus III – UNEB em Juazeiro - Bahia no período de setembro a dezembro de 2015. Foram cultivadas um total de 139 mudas do maxixe Liso Calcutá e 19 mudas do maxixe Crioulo, no espaçamento de 3,0x1,0m e irrigadas por gravidade. O cultivo adotado nesta área foi o convencional. O acompanhamento da floração mostrou que a variedade Crioula foi mais precoce que a Liso Calcutá, porém a segunda apesar de apresentar menor relação frutos/planta, registrou um maior volume (peso) de produção, sendo assim a mais indicada para produção em larga escala.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Thiago Francisco de Souza Carneiro Neto, Universidade do Estado da Bahia

Bolsita de Iniciação Científica, Granduando em Engenharia Agronômica, Laboratório de Microscopia e Entomologia - Universidade do Estado da Bahia - UNEB/DTCS III, Juazeiro-BA

Sebastião Venancio de Almeida Neto, Bolsista de Iniciação Científica CNPq, Graduando em Engenharia Agronômica, Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Universidade do Estado da Bahia,

Universidade do Estado da Bahia

Rayla Mirele Passos Rodrigues, Universidade do Estado da Bahia

Graduanda em Engenharia Agronômica, Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Universidade do Estado da Bahia

Moisés de Souza Feitosa, Graduando em Engenharia Agronômica, Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Universidade do Estado da Bahia

Graduando em Engenharia Agronômica, Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Universidade do Estado da Bahia

Poliana Martins Duarte, Universidade Federal do Ceará

Mestranda em Fitotecnia, Departamento de Agronomia, Universidade Federal do Ceará

Natália Campos da Silva, Universidade do Estado da Bahia

Mestranda em Agronomia (Horticultura Irrigada), Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Universidade do Estado da Bahia

Kátia Maria Medeiros de Siqueira, Universidade do Estado da Bahia

Professora Titular do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais, Campus III, Universidade do Estado da Bahia

Citas

ARAÚJO, D. C. S.; GAMA, D. R. S.; SILVA, N. C.; COELHO, M. S.; SIQUEIRA, K. M. M. Viabilidade polínica de botões em pré-antese dos tipos florais do melão amarelo (Cucumis melo L. - CUCURBITACEAE). In: 62º Congresso Nacional de Botânica, 2011, Fortaleza, Ceará. Botânica e Desenvolvimento Sustentável. Fortaleza: Editora da Universidade Estadual do Ceará, 2011.

ARAÚJO, D. C. S.; SIQUEIRA, K. M. M.; DUARTE, P. M. D.; SILVA, N. C. Comportamento de forrageamento de Apis mellifera na melancieira (Citrullus lanatus) no município de Juazeiro, BA. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 09(1), 59-67, 2014.

ASHWORTH, L.; GALETTO, L. Differential néctar production between male and female flowers in a wild cucurbit; Cucurbita maxima ssp. Andreana (Cucurbitaceae). Canadian Journal of Botany, 80, 1203-1208, 2002.

BREWBAKER, J. L.; KWACK, B. H. The essential role of calcium ion in pollen germination and pollen tube growth. American Journal of Botany, 50(9), 859-865, 1963.

BUENO, D. M.; CAVALCANTE, K. L. Estudo da viabilidade dos grãos de pólen de flores de melão (Cucumis melo L.). Fortaleza-CE. 2001.

CORBET, S. A.; WILLIAMS, I. H.; OSBORNE, J. L. Bees and pollination of crop and wild flowers in the European Community. Bee World, 72(2), 47-59, 1991.

CORRÊA, M. P. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio de Janeiro: IBDF/Ministério da Agricultura, v.1, 1689 p., 1974.

DUARTE, P. M.; SILVA, G. B. S.; SILVA, N. C.; CARNEIRO-NETO, T. F. S.; SIQUEIRA, K. M. M. Produção do maxixeiro (Cucumis anguria L.), Crioulo e a cultivar comercial Liso Calcutá. In: XI SEMBIO: Uma discussão acerca da diversidade nos biomas brasileiros. Paulo Afonso: ano 5, v.5, p. 30-33, 2015a.

DUARTE, P. M.; SIQUEIRA, K. M. M.; SILVA, N. C.; SILVA, G.B.S.; GOMES, I. L. S. Floração e morfologia floral de variedades de melancieira em Juazeiro-BA. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, 10(3), 72-76, 2015b.

EMBRAPA. Dados Meteorológicos, Estação Agrometeorológica de Mandacarú, Juazeiro-BA. Disponível em: www.cpatsa.embrapa.br. Acesso em: 04 jul. 2015.

FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. 2. ed. Viçosa: UFV, 2003. 358 p.

FRAZON, R. C.; RASEIRA, M. C. B. Germinação in vitro e armazenamento do pólen de Eugenia involucrata DC (Myrtaceae). Revista Brasileira de Fruticultura, 28(1), 18-20, 2006.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2012) POF – Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008 - 2009. Disponível em: http://www. ibge.gov.br. Acessado em: 05 jun. 2013.

KEARNS, C. A.; INOUYE, D. W. Tecniques for pollination biologists. Colorado: University Press of Colorado, 1993. 630 p.

KIILL, L. H. P.; SIQUEIRA, K. M. M.; COELHO, M.S.; SILVA, T. A.; GAMA, D. R. S.; ARAUJO, D. C. S.; PEREIRA NETO, J. Frequency and foraging behavior of Apis mellifera in two melon hybrids in Juazeiro, state of Bahia, Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 86(4), 2049-2055, 2014.

KIRKBRIDE, Jr, J. H. Biosystematic monograph of the genus Cucumis (Cucurbitaceae). (Ed). Parkway Publishers, Boone, North Carolina, 1993.

LIMA, C. B. S.; RIBEIRO, M. F.; GAMA, F. C.; SILVA, S. R. Preferências de abelhas mandaçaia (Melipona mandacaia) na alimentação artificial. Magistra, 24, 228-233, 2012.

LOWER, R. L.; EDWARDS, M. D. Cucumber breeding. In: BASSETT, M.J. (Ed.) Breeding vegetable crops. Wesport: AVI, p. 173-207, 1986.

MADEIRA, N. R.; REIFSCHNEIDER, F. J. B.; GIORDANO, L. B. Contribuição portuguesa à produção e ao consumo de hortaliças no Brasil: uma revisão histórica. Horticultura Brasileira, Brasília, 26(4), 428-432, 2008.

MANGAN, F.; MENDONÇA, R.; MOREIRA, M.; NUNES, S.; FINGER, F.; BARROS, Z.; GALVÃO, H.; ALMEIDA, G.; SILVA, R.A.; ANDERSON, M. Production and marketing of vegetables for the ethnic markets in the United States. Horticultura Brasileira, 26(1), 6-14, 2008.

MEDEIROS, M. A. Maturação fisiológica em sementes de maxixe (Cucumis anguria L.). 2009. 37 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia: Fitotecnia) – Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Mossoró-RN, 2009.

MELO, A. M. T.; TRANI, P. S. Maxixe. In: FAHL, J.I.; CAMARGO, M.B.P.; et, al.; (Ed). Instruções agrícolas para as principais culturas econômicas. Campinas: Instituto Agronômico, 1998. 393 p. (IAC. Boletim Técnico, 200).

MODOLO, V. A.; COSTA, C. P.; Maxixe: uma hortaliça de tripla forma de consumo. Ed.19. Piracicaba. USP/ESALQ. 2003.

NASCIMENTO, A. M. C. B.; NUNES, R. G. F. L.; NUNES, L. A. P. L. Elaboração e avaliação química, biológica e sensorial de conserva de maxixe (Cucumis anguria L.). Revista Acta Tecnológica, 6(1), 123-136, 2011.

OLIVEIRA, A. P.; SILVA, J. A.; OLIVEIRA, A. N. P.; SILVA, D. F.; SANTOS, R. R.; SILVA, N. V. Produção do maxixeiro em função de espaçamentos entre fileiras e entre plantas. Horticultura Brasileira, 28(3), 344-347, 2010.

OLIVEIRA, F. A.; PINTO, K. S. O.; BEZERRA, M. S.; LIMA, L. A.; CAVANCANTE, A. L. G.; OLIVEIRA, M. K. T.; MEDEIROS, J. F. Tolerância do maxixeiro, cultivado em vasos, à salinidade da água de irrigação. Revista Ceres, 61(1), 147-154, 2014.

PIMENTEL, A. A. M. P. Oleiricultura no trópico úmido: hortaliças da Amazônia. São Paulo: Agronômica Ceres, 1985. 332 p.

RAMALHO, M.; IMPERATRIZ-FONSECA, V. L.; KLEINERT-GIOVANNINI, A. Exploitation of floral resources by Plebeia remota Holmberg (Apidae- Meliponinae). Apidologie, 16(3), 307-330, 1985.

RAMALHO, M.; SILVA, M. D.; CARVALHO, A. L. Dinâmica de uso das fontes de pólen por Melipona scutellaris Latreile (Hymenoptera, Apidae): uma análise comparativa com Apis mellifera (Hymenoptera, Apidae) no domínio tropical atlântico. Neotropical Entomology, 36(1), 38-45, 2007.

RESENDE, G. M. Rendimento de cultivares de maxixe em função de épocas de cultivo. Horticultura Brasileira, 16(2), 167-171, 1998.

ROBINSON, R. W.; DECKER-WALTERS D. S. 1997. Cucurbits. New York: CAB International. 225 p.

SERRA, B. D. V.; CAMPOS, L. A. O. Polinização entomófila de abobrinha, Cucurbita moschata (Cucurbitaceae). Neotropical Entomology, 39(2), 153-159, 2010.

SEZERINO, A. A.; ORTH, A. I. Polinização da Pereira-Portuguesa em Bom Retiro-SC, Brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, 37(4), 943-951, 2015.

SILVA, J. R.; TORRES, S. B.; MEDEIROS, M. A. A.; OLIVEIRA, I. R. S. Avaliação do potencial fisiológico de sementes de maxixe. Revista Caatinga, 21(4), 68-71, 2008.

SILVA, N. C. Biologia floral e polinização de Cucumis anguria L., em Juazeiro-BA. 2015. 42 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Agronômica) – Universidade do Estado da Bahia, Bahia, 2015.

SIQUEIRA, K. M. M.; KIILL, L. H. P.; GAMA, D. R. S.; ARAÚJO, D. C. S.; COELHO, M. S. Comparação do padrão de floração e visitação do meloeiro do tipo amarelo em Juazeiro-BA. Revista Brasileira de Fruticultura, 473-478, 2011.

SOUZA, E. H. S.; SANTOS, R. N. V; SARAIVA, A. B; LEMOS, R. N. S. Polinizadores do maxixe em São Luiz – MA. In: Resumos do VIII Congresso Brasileiro de Agroecologia. Porto Alegre, 2013.

STASI, L. C. D.; HIRUMA-LIMA, C. A. Plantas Medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. 2.ed. São Paulo: Unesp. 2002. 604 p.

VEIGA, P. O. A.; VON-PINHO, R. G.; VON-PINHO, E. V. R.; VEIGA, A. D.; OLIVEIRA, K. C.; DINIZ, R. P. Meios de cultura para germinação de grãos de pólen de milho. Agrarian, 5(17), 206-211, 2012.

ZEISLER, M. Über die Abgrenzung der eigentlichen Narbenfläche mit Hilfe von Reaktionen. Beihefte zum Botanische Zentralblatt, Cassel, 58, 308-318,1938.