SABERES LOCAIS DE MORADORES DE MANGUE SECO, BAHIA: QUESTÕES SOCIOCULTURAIS E AMBIENTAIS

Autores/as

  • Karina Vieira Martins Universidade Federal da Bahia
  • Ayane de Souza Paiva
  • Rosiléia Oliveira de Almeida

Palabras clave:

Saberes Locais, Etnoconhecimentos, Mangue Seco

Resumen

O presente estudo propôs analisar os saberes locais dos moradores de Mangue Seco nos aspectos sociais e ambientais da comunidade. A pesquisa teve caráter qualitativo, com o envolvimento dos pesquisadores em situações cotidianas no contexto investigado, privilegiando duas estratégias metodológicas: entrevistas com membros da comunidade, com base em um roteiro semiestruturado e observações participantes de práticas cotidianas que traduzem os etnoconhecimentos. Observamos que os principais conflitos ambientais da região são a ocupação desordenada e sobre-exploração pesqueira ocasionadas pela expansão demográfica; o tráfego de veículos sobre as dunas; a destruição das restingas e das matas para a implantação de monoculturas; a contaminação do lençol freático por esgoto doméstico e a destinação inadequada de lixo. Assim, é necessário o desenvolvimento de programas ambientais de integração com os moradores da comunidade de Mangue Seco, a fim de construir uma dinâmica sustentável a partir de saberes e práticas locais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ALBUQUERQUE, U. P.; ANDRADE, L. H. C.Conhecimento botânico tradicional e conservação em uma área de caatinga no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Acta Bot. Bras. vol.16 n.3, 2002

ALENCAR, E.; GOMES, M. A. O.Metodologia de pesquisa social e diagnóstico rápido participativo. Lavras: UFLA/ FAEPE.1998.

BOGDAN, R. C.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em educação.Porto: Editora Porto. 1994.

______. Qualitative research for education: An introduction to theory and methods. 4. Ed. Boston: Allyn and Bacon, Inc. 2003.

BONNEMAISON, J. CAMBREZY. Le lien entre frontières et identités. Géographie et Cultures, n. 20, p. 6-15, 1996.

CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultríx, 1996.

CARVALHO, I.C.M. Movimentos sociais e políticas de meio ambiente. A educação ambiental aonde fica ? In: SORRENTINO, M.; TRAJBER, R.;BRAGA, T. (orgs.). Cadernos do III Fórum de educação ambiental. São Paulo: Gaia, p. 58-62, 1995.

CAULKINS, D.; HYATT, S. B. Using consensus analysis to measure cultural diversity in organizations and social movements. Field Methods, v. 11, n. 1, p. 5-26, 1999.

COSTA-NETO, E.M. Conhecimento e usos tradicionais de recursos faunísticos por uma comunidade afro-brasileira. Resultados Preliminares. Interciência, n. 9, v. 25, p. 423-431, 2000.

DIEGUES, A. C. S. O mito moderno da natureza intocada.5. ed. São Paulo: Hucitec. 2004.

GARFINKEL, H. Studies in ethnomethodology.New Jersey: Prentice Hall. 1967.

GIL, A. C. Estudo de caso.São Paulo: Atlas. 2009.

JACCOUD, M.; MAYER, R. A observação direta e a pesquisa qualitativa. In: POUPART, J. et al. (Org.). A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis: Vozes. p. 254-294. 2008.

LIMA. P.C.; LIMA, R.C.F.R. APA do Litoral Norte da Bahia (Mangue Seco). In: VALENTE. R. et al. (Orgs).Conservação de aves migratórias neárticas no Brasil. Belém: Conservação Internacional, P. 181-185, 2011. Disponívelem: <http://www.conservacao.org/publicacoes/aves_migratorias.php>. Acesso em: 07 jun. 2012.

MARQUES, J. G. W. Pescando pescadores: Etnoecologia abrangente no Baixo São Francisco Alagoano. São Paulo: NUPAUB. 1995.

ORLANDI, E. P. Análise do discurso: princípios e procedimentos.10. ed. Campinas: Pontes Editores. 2012.

PAIVA, A. de S. Conhecimentos dos moradores da Ilha de Maré acerca dos recursos naturais numa abordagem histórica. Revista Virtual Candombá, Salvador, v. 5, n. 2, p. 98-114, 2009. Disponível em: <http://revistas.unijorge.edu.br/candomba/2009-v5n2/pdfs/Ayane desouzapaiva2009v5n2.pdf>. Acesso em: 20 out. 2011.

PAIVA, A. de S. Etnoecologia dos recursos florestais de Praia Grande, Ilha de Maré, Salvador-BA como subsídio para o manejo sustentável. 2010. 70 f. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas) - Centro Universitário Jorge Amado, Salvador.

POSEY, P.A. Os Kayapó e a natureza. Ciência Hoje, n. 2, v. 12, p. 35-41, 1984.

SANTOS, S. C.; BARBOSA, L. M. Erosão costeira e a percepção da população de Mangue Seco, BA.In: XII Congresso da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário - ABEQUA; IV Congreso Argentino de Cuaternário Y Geomorfología; II Reunión sobre el Cuaternário de América del Sur, La Plata, Argentina; IV Congreso Argentino de Cuaternário Y Geomorfología; II Reunión sobre el Cuaternário de América del Sur, La Plata, Argentina, 21 a 23 de setembro de 2009. Resúmenes. p. 297 - 306. 2009.

SEMA, Secretaria do Meio Ambiente - Governo do Estado da Bahia. APA Mangue Seco. 2012. Disponivel em:<http://www.meioambiente.ba.gov.br/conteudo.aspx?s= APAMANGU&p=APAAPA> Acesso em: 07 jun.

SOUSA, M.C. Complexo do Estuário dos Rios Piauí, Fundo e Real. In: VALENTE. R. et al. (Orgs). Conservação deaves migratórias neárticas no Brasil. Belém: Conservação Internacional, P. 171-174, 2011. Disponível em:<http://www.conservacao.org/publicacoes/aves_migratorias.php>. Acesso em: 07 jun. 2012.

TOMAZZONI, M. I.; NEGRELLE, R.R. B.; CENTA, M. de L. Fitoterapia popular: a busca instrumental enquanto prática terapeuta. Texto Contexto - Enferm., Florianópolis, v. 15, n. 1, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104072006000100014&lng=en&nrm=iso> Acesso: 27 abr. 2009.

VECCHIATTI, K. Três fases rumo ao desenvolvimento sustentável do reducionismo à valorização da cultura. São Paulo em Perspectiva, 18(3): 90 – 95, 2004.

Publicado

2016-11-17

Cómo citar

MARTINS, K. V.; PAIVA, A. de S.; ALMEIDA, R. O. de. SABERES LOCAIS DE MORADORES DE MANGUE SECO, BAHIA: QUESTÕES SOCIOCULTURAIS E AMBIENTAIS. Revista Ouricuri, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 001–013, 2016. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/ouricuri/article/view/1760. Acesso em: 21 dic. 2024.

Número

Sección

Artigos de Revisão