Fulgurações sobre os direitos linguísticos e literários
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v12n2.p265Palavras-chave:
Decolonidade. Direitos linguísticos e literários. Língua. Literatura negra e indígena.Resumo
O texto analisa o papel da linguagem e da literatura na construção da identidade e na luta contra a opressão, principalmente no contexto brasileiro. Através da análise de obras de autores como Conceição Evaristo e bell hooks, o texto discute a relação entre a língua do colonizador e a resistência das comunidades afro-brasileira e Indígena, enfatizando o poder da “escrevivência” para a construção da subjetividade e a busca por justiça social. Argumenta-se que, apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a percorrer para garantir os direitos linguísticos e literários desses grupos, especialmente no que diz respeito à visibilidade e ao acesso à produção cultural. Consideramos a literatura negra e Indígena como uma narrativa subversiva contra o projeto de poder colonial que ainda se mantém em nossa sociedade. É bem possível que o avanço dos estudos decoloniais possam visibilizar a resistência criativa das vozes altivas das mulheres negras e Indígenas contra séculos de opressão e maldades que desrespeitam os direitos humanos.
Downloads
Referências
ANZALDÚA, Gloria. Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo.Revista Estudos Feministas, v. 8 n. 1, p. 229-236, janeiro, 2000. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/9880. Acesso 15 jan. 2024.
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo: Parábola, 2007.
BENVENISTE, Émile. Semiologia da língua. In: ______. Problemas de Linguística Geral II. Trad. Eduardo Guimarães. 2.ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2006.
CALVINO, Italo. Seis propostas para o próximo milênio: lições americanas. Trad. Ivo Cardoso. São Paulo: Companhia das letras, 1990.
EVARISTO, Conceição. A escrevivência e seus subtextos. In: Constância Lima Duarte e Isabella Rosado Nunes (Orgs.). Escrevivência: A escrita de nós: reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020.
EVARISTO, Conceição. Da grafia-desenho de minha mãe, um dos lugares de nascimento de minha escrita. In: Constância Lima Duarte e Isabella Rosado Nunes (Orgs.). Escrevivência: A escrita de nós: reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020.
EVARISTO, Conceição. Insubmissas lágrimas de mulheres. 4ª ed. Rio de Janeiro: Malê, 2020.
hooks, bell. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013.
LOBO, Tânia; OLIVEIRA, Klebson (Org.). África à vista: dez estudos sobre o português escrito por africanos no Brasil do século XIX. Salvador: EDUFBA, 2009.
MOREIRA, Jailma dos Santos Pedreira. Reescrita de si: produções de escritoras subalternizadas em contexto de políticas culturais. Fórum de literatura brasileira contemporânea, Rio de Janeiro, v. 7 n. 13, p. 71-88, junho, 2015. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/flbc/article/view/17237. Acesso: 15 jan. 2024.
PIRES, Thula Rafaela de Oliveira. Por uma concepção Amefricana de direitos humanos. In: Clarissa Brandão e Enzo Bello. (Org.). Direitos Humanos e Cidadania no Constitucionalismo Latino-Americano. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016, v., p. 235-255.
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. Trad. Antônio Chelini, José Paulo Paes, Isidoro Blikstein. 28.ed. São Paulo: Cultrix, 2012.
SPIVAK, Gayatri Chacravorty. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa e André Pereira. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Grau Zero – Revista de Crítica Cultural
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com o seguinte termo de compromisso:
Assumindo a criação original do texto proposto, declaro conceder à Grau Zero o direito de primeira publicação, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License, e permitindo sua reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares. Em contrapartida, disponho de autorização da revista para assumir contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada, bem como permissão para publicar e distribuí-lo em repositórios ou páginas pessoais após o processo editorial, aumentando, com isso, seu impacto e citação.