Eu

negra, do alecrim e roteirista; em meus processos de criação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30620/gz.v11n02.p91

Palavras-chave:

Narrativa, Processos de Criação, Território, Memória Registro

Resumo

Este texto é um ensaio acadêmico acerca de meus processos de criação enquanto roteirista negra e moradora do Alecrim, periferia rural da cidade de Estância-SE. Escrevo em primeira pessoa uma narrativa dividida em três atos, em texto e imagem, ligados por uma estrutura ficcional sobre uma viagem da terra ao espaço, contendo nela relatos documentais de minha trajetória ao longo dos anos, passando de uma leitora de livros infantis à pesquisadora de pós-graduação sobre a criação de cineastas negras, africanas e diaspóricas. Minha intenção aqui é demonstrar como esse contato com outras artistas reterritorializa meus processos de criação, em qual estado eles se encontram atualmente e para qual futuro eles apontam.

[Recebido em: 16 out. 2023 – Aceito em: 05 dez. 2023]

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Biografia do Autor

Angela Silva de Jesus (alekole), Universidade Federal de Sergipe - UFS

Travesti, negra, nascida e criada no bairro Alecrim, em Estância-SE. Graduada em Cinema e Audiovisual pelo Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Sergipe e mestranda em Cinema e Narrativas Sociais pelo PPGCINE da mesma universidade. Atua profissionalmente na área de roteiros audiovisuais, com especialidade em filmes de docficção, documentários e cinebiografias. Dentro da UFS, atua em projetos de pesquisa investigando processos de criação de roteiristas e integra, desde 2019, o projeto Maré Narrativa, voltado para a criação e veiculação artística com foco na narrativa audiovisual.

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Publicado

2024-05-04

Como Citar

JESUS, A. S. de. Eu: negra, do alecrim e roteirista; em meus processos de criação. Grau Zero – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Fábrica de Letras - UNEB, v. 11, n. 2, p. 91–111, 2024. DOI: 10.30620/gz.v11n02.p91. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/v11n2p91. Acesso em: 16 jul. 2024.