Eu: negra, do alecrim e roteirista; em meus processos de criação

Angela Silva de Jesus

doi:10.30620/gz.v11n02.p91

Autores/as

Angela Silva de Jesus Universidade Federal de Sergipe - UFS https://orcid.org/0000-0003-1418-1079

DOI:

https://doi.org/10.30620/gz.v11n02.p91

Palabras clave:

Narrativa, Processos de Criação, Território, Memória Registro

Resumen

Este texto é um ensaio acadêmico acerca de meus processos de criação enquanto roteirista negra e moradora do Alecrim, periferia rural da cidade de Estância-SE. Escrevo em primeira pessoa uma narrativa dividida em três atos, em texto e imagem, ligados por uma estrutura ficcional sobre uma viagem da terra ao espaço, contendo nela relatos documentais de minha trajetória ao longo dos anos, passando de uma leitora de livros infantis à pesquisadora de pós-graduação sobre a criação de cineastas negras, africanas e diaspóricas. Minha intenção aqui é demonstrar como esse contato com outras artistas reterritorializa meus processos de criação, em qual estado eles se encontram atualmente e para qual futuro eles apontam.

[Recebido em: 16 out. 2023 – Aceito em: 05 dez. 2023]

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Angela Silva de Jesus, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Travesti, negra, nascida e criada no bairro Alecrim, em Estância-SE. Graduada em Cinema e Audiovisual pelo Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Sergipe e mestranda em Cinema e Narrativas Sociais pelo PPGCINE da mesma universidade. Atua profissionalmente na área de roteiros audiovisuais, com especialidade em filmes de docficção, documentários e cinebiografias. Dentro da UFS, atua em projetos de pesquisa investigando processos de criação de roteiristas e integra, desde 2019, o projeto Maré Narrativa, voltado para a criação e veiculação artística com foco na narrativa audiovisual.

Citas

ATLANTIQUE. Dirigido por Mati Diop. Senegal: Cinekap; França: Les Films du Bal; Bélgica: Frakas Productions; França: ARTE France Cinéma, 2019. Netflix.

ATLANTIQUES. Dirigido por Mati Diop. Senegal; França: Le Fresnoy Studio National des Arts Contemporains; França: Anna Sanders Films, 2009. MUBI.

BEYONCÉ. How to make lemonade. EUA: Parkwood Entertainment, 2017.

CAFÉ COM CANELA. Dirigido por Glenda Nicácio e Ary Rosa. Bahia: Rosza Filmes, 2017.

CAFFÉ, Eliane. In: Era o Hotel Cambridge – Eliane Caffé e Carla Caffé. FAUUSP. Youtube, 2019. Disponível em: https://youtu.be/uvVDjPbUtlk. Acessado em: 07/01/2024.

CANDOMBLÉ – O mundo dos orixás. Dicionário. O Candomblé. Disponível em: https://ocandomble.com/vocabulario-ketu. Acessado em: 07/01/2024.

DAVIS, Angela. An autobiography. Nova York, EUA: Random House, 1974.

DE JESUS, Angela Silva. Longa memória do nosso território familiar. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Cinema e Audiovisual). – Departamento de Comunicação Social, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2022.

DIOP. Mati. IN: Mati Diop on Atlantics and Her Filmmaking Process I NYFF57. Film at Lincoln Center. Youtube, 2019. Disponível em: https://youtu.be/X2lRPUstAOk. Acessado em: 07/01/2024.

ERA O HOTEL CAMBRIDGE. Dirigido por Eliane Caffé. São Paulo: Ancine, Petrobras, 2016.

GARCIA, Marília. Parque das ruínas. São Paulo: Luna Parque, 2018.

GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural da Amefricanidade. In: Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro, Nº 92/93 (jan./jun.). 1988b, p. 69-82.

GOOGLE. Google Earth website. Disponível em: https://earth.google.com/web. Acessado em: 07/01/2024.

KADDU BEYKAT. Dirigido por Safi Faye. Safi Faye Productions, 1976.

JESUS, Carolina Maria de. Diário de Bitita. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

LEMONADE. Álbum visual de Beyoncé. Adaptação fílmica e poesia por Warsan Shire. Los Angeles, EUA: Parkwood Entertainment, LLC, 2016. Tidal.

LOS SILENCIOS. Dirigido por Beatriz Seigner. São Paulo: Miríade Filmes, 2018.

MARTINS, Leda Maria. Performances do tempo espiralar. In: Graciela Ravetti; Márcia Arbex. (Org.). Performance, exílio, fronteiras, errâncias territoriais e textuais. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, 2002, v. 1. (p. 69-91).

MOSSANE. Direção por Safi Faye. França: La Sept Cinéma, 1996.

NASCIMENTO, Beatriz. O conceito de quilombo e a resistência cultural negra. In: RATTS Alex. Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006.

OSHÚN IBÚ KOLÉ. Ifá Ni L’Órun, 2014. Disponível em: https://ifanilorun.com.br/?p=2343#more-2343. Acessado em 07/01/2024.

SACRAMENTO, Daiene. Nascimento. Arquivo pessoal. Estância-SE: 2022.

SACRAMENTO, Daiene. Perspectiva. Arquivo pessoal. Estância-SE: 2022.

SACRAMENTO, Evelyn. Safi Faye: entre o olhar e o pertencimento. Dissertação (Mestrado em Estudos Étnicos e Africanos). – Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2019.

SALLES, Cecília Almeida. Gesto inacabado: processos de criação artística. São Paulo: FAPESP: Annablume, 1998.

SALLES, Cecília Almeida. Arquivos de criação – arte e curadoria. Vinhedo, SP: Editora Horizonte, 2010.

SEIGNER, Beatriz. In: DEBATE | Los silencios + Beatriz Seigner. CINUSP Paulo Emílio. Youtube, 2019. Disponível em: https://youtu.be/_VqjEJrfjKw. Acessado: 07/01/2024.