Mostra Quilombo de Cinema Negro e Indígena
reflexões sobre território, memória e espaço
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v11n02.p25Palabras clave:
Mostra Quilombo de Cinema Negro e Indígena, Cineclubismo, Memória, Território, Centro Cultural Arte PajuçaraResumen
Partindo da experiência de realização da Mostra Quilombo de Cinema Negro e Indígena, realizada desde 2019, em Alagoas, o presente ensaio tem como objetivo compartilhar algumas inquietações sobre território, a memória e o espaço a partir dos atravessamentos entre a prática cineclubista e a emergência de outras formas de estar na cidade. Em nossa reflexão, compreendemos que ao longo desse tempo a Mostra passou a se configurar como um importante espaço de descolonização cultural, por reunir outras visualidades cinematográficas, e que, além disso, também passou a colocar em prática uma ocupação política de um equipamento cultural, localizado em um bairro gentrificado em Maceió-AL, a Pajuçara, configurando-se assim como um verdadeiro ato de resistência cultural negra, o que tem nos levado a compreendê-la como um importante quilombo urbano.
[Recebido em: 17 out. 2023 – Aceito em: 18 nov. 2023]
Descargas
Citas
ALAGOAS. Secretaria de Planejamento de Alagoas. Coordenação de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Projeto de levantamento ecológico cultural da Região das Lagoas Mundaú e Manguaba. 2ed. Ampl. V. I e II. Maceió: Secretaria do Estado do Governo de Alagoas; SUDENE; CNRC, 1980.
ALCÂNTARA, Maurício Fernandes de. “Gentrificação”. In: Enciclopédia de Antropologia. São Paulo: Universidade de São Paulo, Departamento de Antropologia. 2018. Disponível em: http://ea.fflch.usp.br/conceito/gentrificacao. ISSN: 2676-038X.
CESAR, Amaranta. Que lugar para a militância no cinema brasileiro contemporâneo? Interpelação, visibilidade e reconhecimento. Revista Eco Pós. Imagens do Presente. V 20. N.2. 2017. ISNN 2175-8889.
DUARTE, Rubens de Oliveira. Laguna de encanto e desencanto. Maceió: Edufal, 2023.
FERNANDES, Adriana Hoffmann. “A professora disse que hoje não vai ter aula e que é filme” – A obrigatoriedade de ver filmes e o cineclube como acesso formativo aos filmes: um desafio a partir da legislação. In: FRESQUET, Adriana (Org.). Cinema e Educação: a lei 13.006. Reflexões, perspectivas e propostas. Belo Horizonte: Universo Produção, 2015.
FIGUEIREDO, Hermano; BARBOSA, Regina; SEABRA, Carlos. Cineclubismo: organização e funcionamento. São Paulo: Oficina Digital; Recife: Vento Nordeste, 2023.
GONZALEZ, Lélia. Por um Feminismo Afro-Latino-Americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio Janeiro: Zahar, 2020.
HOOKS, bell. Olhares negros: raça e representação. Tradução Stephanie Borges. São Paulo: Elefante, 2019.
JAPIASSÚ, Luana Andressa Teixeira. Expansão Urbana de Maceió, Alagoas: caracterização do processo de crescimento territorial urbano em face do Plano de Desenvolvimento de 1980 – 2000. Maceió, AL, 2015. 160 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo: Dinâmicas do Espaço Habitado) – Universidade Federal de Alagoas, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Maceió, AL, 2015.
LEÓN, Christian. Imagen, medios y telecolonialidad: hacia una crítica decolonial de los estudios visuales. Aisthesis, n. 51, 2012, p. 109-123, Pontificia Universidad Católica de Chile.
MASSEY, Doreen. Pelo espaço: uma nova política da espacialidade.5 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2015.
PINTO, Georges J. Planejamento estratégico e city marketing: a nova face das cidades no final do século XX. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 2, n. 3, p. 18-22, 2001. DOI: 10.14393/RCG2315256. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/15256. Acesso em: 6 out. 2023.
RATTS, Alex. A Terra é o meu quilombo: terra, território, territorialidade. In: RATTS, Alex (org.) Eu sou Atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Imprensa Oficial, 2007.
RATTS, Alex (Org.). Beatriz Nascimento: Uma história feita por mãos negras. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.
TUAN, Yi-Fu. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. (Tradução de Lívia de Oliveira). Londrina: Eduel, 2012.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Grau Zero – Revista de Crítica Cultural
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-CompartirIgual 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com o seguinte termo de compromisso:
Assumindo a criação original do texto proposto, declaro conceder à Grau Zero o direito de primeira publicação, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License, e permitindo sua reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares. Em contrapartida, disponho de autorização da revista para assumir contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada, bem como permissão para publicar e distribuí-lo em repositórios ou páginas pessoais após o processo editorial, aumentando, com isso, seu impacto e citação.