TORNAR-SE EDUCADORA/PROFESSORA – PALAVRAS QUE CONTAM COMO FOI!

Autores

  • Conceição Leal Costa Universidade de Évora (UE) - Portugal
  • Sandra Nunes Universidade de Évora

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2016.v25.n47.p119-136

Palavras-chave:

Profissionalização, Pesquisa biográfica, Isomorfismo pedagógico, Participação

Resumo

Neste texto partilhamos, particularmente, vivências e dinâmicas investigativas ocorridas durante a profissionalização no Curso de Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico. O conceito de avaliação (FERNANDES, 2008) entrelaçou teoria e prática na intervenção pedagógica. A pesquisa biográfica (DELORY MOMBERGER, 2012; JOSSO, 2002), que inclui o conceito de mediação biográfica (PASSEGGI, 2008), orientou os processos de investigação, também guiados pelo conceito de isomorfismo pedagógico (NIZA,2009). Priorizando a investigação-formação e a participação, a narrativa global e retrospectiva mostrou que o papel dos participantes não foi fixo no desenvolvimento daquele projeto e que alguns contornos se alteraram no espaço/tempo de fazer. Observando, escutando, recordando, atuando e escrevendo, aprendemos de nós e das crianças, da e na profissão. A participação afastou posturas tradicionais do investigador e as narrativas tomaram parte numa construção de saberes em que todos tivemos voz.

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Biografia do Autor

Conceição Leal Costa, Universidade de Évora (UE) - Portugal

Doutora em Ciências da Educação pela Universidade de Évora. Professora Auxiliar do Departamento de Pedagogia e Educação
da Universidade de Évora (UE) - Portugal. Membro do Centro de Investigação em Psicologia e Educação (CIEP).

Sandra Nunes, Universidade de Évora

Mestre em Educação Pré-escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico pela Universidade de Évora. Educadora/Professora.

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Publicado

2018-04-02

Como Citar

COSTA, C. L.; NUNES, S. TORNAR-SE EDUCADORA/PROFESSORA – PALAVRAS QUE CONTAM COMO FOI!. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 25, n. 47, p. 119–136, 2018. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2016.v25.n47.p119-136. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/4575. Acesso em: 28 mar. 2024.