TRANSNACIONALISMO NEGRO: A ENCRUZILHADA DE AMEFRICAN@S

Autores

  • Geri Augusto Watson Institute Faculty Fellow- Brown University.

DOI:

https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2016.v25.n45.p25-38

Palavras-chave:

Interseccionalidade, Abertura epistêmica, Idéias quilombolas, Amefricanidade, Transnacionalismo negro

Resumo

Este artigo utiliza duas narrativas de jornadas pessoais de transna-cionalismo negro a partir dos escritos e das ideias de Lelia Gonzalez e Ella Baker, mulheres negras pensadoras ativistas, seminais e radicais, para refletir sobre a carga tripla enfrentada por trabalhadoras domésticas negras no Brasil e nos EUA. Consideram-se as ideias
e formas de vida da aldeia contemporânea de quilombolas pescadores e pescadoras, visto do jardim de uma marisqueira, para refletir sobre o espaço de contribuição potencial e equitativo, a práxis e o pensamento, e as aberturas epistêmicas possíveis no universo acadêmico, quando conhecimentos marginalizados e multifacetados são postos. Utilizou-se os conceitos teóricos de Amefricanidade, interseccionalidade e afeto comum, bem como a noção de encruzilhada encontrada em muitas tradições culturais do pensamento Afrodescendente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Geri Augusto, Watson Institute Faculty Fellow- Brown University.

Professora Visitante de Assuntos Internacionais e Públicos e de Estudos de África e Diáspora (Africana Studies) do Watson
Institute Faculty Fellow, na Brown University

Referências

ALEXANDER, Michelle. The new Jim Crow: mass incarceration in the age of colorblindness. New York: New Press, 2010.

ARAÚJO, Ubiratan Castro de. Histórias de negro. Salvador: Edufba, 2009.

AUGUSTO, Geri. Language Should Not Keep Us Apart!: Reflections Towards a Black Transnational Praxis of Translation. Callaloo, v. 37, n. 3, p. 632-647, Summer 2014.

CAETANO, Hugo Silva. Da ocupação do território: práticas e interações entre marisqueiras no ambiente pesqueiro. Manuscrito inédito. Salinas da Margarida, BA, 2014.

CLANDININ, Jean. Narrative Inquiry: A methodology for studying lived experience. Research Studies in Music Education, v. 27, n. 1, p. 44-54, Dec. 2006.

COLLINS, Patricia Hill. Black feminist thought: knowledge, consciousness, and the politics of empowerment. New York: Routledge, 2000.

COSTA, Claudia de Lima. Lost (and Found?). Translation: Feminisms in Hemispheric Dialogue, v. 4, n. 1-2, p. 62-78, Spring/Summer 2006.

CRENSHAW, K. Mapping the margins: intersectionality, identity politics, and violence against women of color. Stanford Law Review, n. 43, p. 1241-1299, 1991.

DAVIS, Angela. Y. Women, race & class. New York: Vintage Books, 1983.

DOMINGUES, Petronio. Entre Dandaras e Luiza Mahins: mulheres negras e antirracismo no Brasil. In: PEREIRA, Amauri Mendes; SILVA, Joselina da (Org.). O movimento negro brasileiro: escritos sobre os sentidos de democracia e justiça social no Brasil. Belo Horizonte: Nandyala, 2009.

EDWARDS, Brent. H. The practice of diaspora: literature, translation, and the rise of black internationalism. Cambridge: Harvard University Press, 2003.

GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, n. 92/93, p. 69-82, jan./jun. 1988.

HALL, Stuart. Cultural identity and diaspora. Colonial discourse and post-colonial theory: a reader. London: Harvester Wheatsheaf, 1988.

JONES, Claudia J. Um fim à negligência dos problemas da mulher negra. Revista Assuntos Políticos, Nova York, 1949.

LARKIN, Elisa. Cultura em movimento matrizes africanas e ativismo negro no Brasil. v. 2. São Paulo: Selo Negro, 2007.

MAGNO, M. Améfrica ladina: introdução a uma abertura. Rio de Janeiro: Colégio Freudiano do Rio de Janeiro, 1981.

PEAKE, L.; SOUZA, K. de. Feminist academic and activist praxis in service of the transnational. In: NAGAR, R.; SWARR, A. Lock (Ed.). Critical transnational feminist praxis. Albany: State University of New York Press, 2010. p. 105-123.

PEREIRA, A. Araújo. Influências externas, circulação de referenciais e a constituição do movimento negro contemporâneo no Brasil: idas e vindas no “Atlântico Negro”. Ciências e Letras, Porto Alegre, n. 44, p. 215-236, jul./dez. 2008.

PERRY, K. K. The Groundings with my sisters: toward a black diasporic feminist agenda in the Americas. S&F Online, Issue 7.2, Spring 2009. Available at: <http://sfonline.barnard.edu/africana/perry_04.htm>. Accessed: March 12, 2015.

RANSBY, Barbara. Ella Baker and the black freedom movement: a radical democratic vision. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2003.

SACRAMENTO, Elionice. Água: ambiente livre para saude dos pescadores e pescadoras do Brasil. Manuscrito inédito. Salinas da Margarida, BA, 2015.

SANTOS, Ivanir dos. Blacks and political power. In: HANCHARD, Michael (Ed.). Racial politics in contemporary Brazil. Durham: Duke University Press, 1999. p. 200-214.

SANTOS, Renato dos. Sobre espacialidades das relações raciais: raça, racialidade e racismo no espaco urbano. ______ (Org.). Questões urbanas e racismo. Petrópolis, RJ: ABPN, 2012. p. 36-67. (Coleção Negras e Negros: Pesquisas e Debates).

SHARPLEY-WHITING. T. Denean. Erasures and the practice of diaspora feminism. Small Axe, p. 129-133, Mar. 2005.

STEWART, Kathleen. Ordinary affects. Durham: Duke University Press, 2007.

THOMAS, Deborah. Racial Situations: Nationalist Vindication and Radical Deconstructionism. Cultural Anthropology, v. 28, n. 3, p. 519-526, 2013.

WILLIAMS, Raymond. Structures of feeling, marxism and literature. Oxford: Oxford University Press, 1977.

Publicado

2016-04-26

Como Citar

AUGUSTO, G. TRANSNACIONALISMO NEGRO: A ENCRUZILHADA DE AMEFRICAN@S. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, [S. l.], v. 25, n. 45, p. 25–38, 2016. DOI: 10.21879/faeeba2358-0194.2016.v25.n45.p25-38. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/2281. Acesso em: 29 mar. 2024.