"Masculinity crisis"
rhetoric of the anti-gender offensive and state antifeminism
DOI:
https://doi.org/10.21879/faeeba2358-0194.2023.v32.n72.p97-115Keywords:
Gender Studies, Crisis of Masculinity, Anti-Gender Offensive, State AntifeminismAbstract
Analysis of the discourse of the "crisis of masculinity" and the ways in which it has been sustained through explanations supported by arguments such as the "feminization of society" and the scarcity of solid male role models. The central issues of this work stem from the theoretical frameworks of gender studies, with a particular focus on studies on masculinities, and the broader theorization of feminism. Therefore, it employs concepts such as gender, masculinities, feminisms, and state antifeminism. The main objective was to seek an understanding of the phenomenon of the rhetoric of the anti-gender offensive in the current Brazilian political scenario. The structure of the text was built in the form of a theoretical-analytical approach guided by an emphasis on both intersubjective and macrosociological understanding of the investigated social phenomena. The central argument is that it is necessary to resist (and overcome) conservative groups responsible for the constant attempts to perpetuate state antifeminism.
Keywords: Gender Studies; Crisis of masculinity; Anti-gender Offensive; State Antifeminism.
Downloads
References
AGUAYO, Francisco; NASCIMENTO, Marcos. Dos décadas de estudios de hombres y masculinidades en América Latina: avances y desafios. Sexualidad, Salud y Sociedad: Revista Latinoamericana (CLAM/IMS/UERJ), Rio de Janeiro, n. 22, p. 207-20, abr. 2016.
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. “Quem é froxo não se mete”: violência e masculinidade como elementos constitutivos da imagem do nordestino. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, São Paulo, v. 19, p. 173-88, jul/dez. 1999.
AMORIM, Marina Alves; SALEJ, Ana Paula. O conservadorismo saiu do armário! A luta contra a ideologia de gênero do Movimento Escola Sem Partido. Revista Ártemis, João Pessoa, v. 22, p. 32-42, jul./dez. 2016.
ANDRADE, Xavier; HERRERA, Gioconda (Eds). Masculinidades en Ecuador. Quito: FLACSO/UNFPA, 2001.
BANDEIRA, Lourdes Maria; ALMEIDA, Tânia Mara Campos de. A transversalidade de gênero nas políticas públicas. Revista do CEAM: Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, Brasília, v. 2, n. 1, p. 35-46, jan./jun. 2013.
BARDUNI FILHO, Jairo. Masculinidades: um jogo de aproximações e afastamentos, o caso do jornal estudantil O Bonde. 2017. 215 f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora.
BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo: a experiência vivida. Trad. Sérgio Millet. 9. remp. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo: fatos e mitos. Trad. Sérgio Millet. 11. reimp. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
BLAIS, Mélissa; DUPUIS-DÉRI, Francis (Dir). Le mouvement masculiniste au Québec: l'antiféminisme démasqué. Montréal: Les éditions du remue-ménage, 2015.
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política. v 1. Trad. Carmen Varrile et al. 5. ed, Brasília/São Paulo: Editora Universidade de Brasília/Imprensa Oficial do Estado, 2000.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Trad. Gustavo Sora. 14. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2017.
BRASIL, Ministério da Justiça e Segurança Pública. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen). Brasília, 2017. Disponível em: http://dados.mj.gov.br/dataset/f9ebf1f1-8d27-4937-b330-f29b820dca87/resource/4d4c437e-c7c3-4640-b6c0-b1b566538208/download/dicionario-de-dados---junho-de-2017.pdf. Último acesso: 05 jun. 2023.
BRASIL. Lei n. 13.844, de 18 de junho de 2019. Brasília: Presidência da República, [2019a]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Último acesso: 06 jan. 2023.
BRASIL. Medida Provisória n. 870, de 1º de janeiro de 2019. Brasília: Presidência da República, [2019b]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/Mpv/mpv870.htm. Último acesso: 06 jan. 2023.
BRASIL, Ministério da Educação. Portal do MEC. Brasília, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br. Último acesso: 06 jun. 2023.
BRASIL, Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Levantamento Anual do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). Brasília, 2019c. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/crianca-e-adolescente/LevantamentoAnualdoSINASE2017.pdf. Último acesso: 05 jun. 2023.
BRASIL, Ministério do Planejamento e Orçamento/Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Ipea). Atlas da violência 2019. Brasília/Rio de Janeiro/São Paulo, 2019d. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/19/atlas-da-violencia-2019. Último acesso: 05 jun. 2023.
CÁCERES, Carlos F.; MOGOLLÓN, María Esther; PÉREZ-LUNA, Griselda; OLIVOS, Fernando (Eds). Sexualidad, ciudadanía y Derechos Humanos en América Latina: un quinquenio de aportes regionales al debate y la reflexión. Lima: IESSDEH/UPCH, 2011.
CARDOSO, Frederico Assis. A identidade de professores homens na docência com crianças: homens fora de lugar? 2004. 154 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
CARDOSO, Frederico Assis; FERRARI, Anderson. Gêneros e sexualidades: desafios e potencialidade para a educação em tempos de conservadorismos. Revista Ártemis, João Pessoa, v. 22, p. 01-05, jul./dez. 2016.
CONNELL, Raewyn. Gênero em termos reais. Trad. Marília Moschkovich. São Paulo: nVersos, 2016.
CONNELL, Raewyn; PEARSE, Rebecca. Gênero: uma perspectiva global. Trad. Rev. Marília Moschkovich. 3. ed. 1. reimp. São Paulo: nVersos, 2017.
CONNELL, Robert W. Políticas da masculinidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 185-206, jul./dez. 1995.
CONNELL, Robert W.; MESSERSCHMIDT, James W. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Trad. Felipe Bruno Martins Fernandes. Revista Estudos Feministas, v. 21, n. 1, p. 241-82, jan./abr. 2013.
CORREDOR, Elizabeth S. Unpacking “gender ideology” and the global right’s antigender countermovement. Signs: journal of woman in culture and society, Chicago, v. 44, n. 3, p. 613-38, spring 2019.
CRENSHAW, Kimberle W. A intersecionalidade na discriminação de raça e gênero. Cruzamento: raça e gênero. Painel 1, p. 07-16. In: Seminário a intersecção das desigualdades de raça e gênero: implicações para as políticas públicas e os direitos humanos, 13 set. 2004, Anais... Rio de Janeiro/IBAM/UNIFEM/Consulado Geral dos Estados Unidos da América na cidade do Rio de Janeiro et al, 2004.
Cult. São Paulo: Bregantini, a. 22, n. 242, fev. 2019.
DUPUIS-DÉRI, Francis. A crise da masculinidade: anatomia de um mito persistente. Trad. Paulo Victor Bezerra. São Paulo: Blucher, 2022.
DUPUIS-DÉRI, Francis. Le discours de la « crise de la masculinité » comme refus de l’égalité entre les sexes: histoire d’une rhétorique antiféministe. Revue Recherches Féministes, Ville de Québec, v. 25, n. 1, p. 89-109, 2012a.
DUPUIS-DÉRI, Francis. Le discours des « coûts » et de la « crise » de la masculinité et le contre-mouvement masculiniste. In: DULONG, Delphine; GUIONNET, Christine; NEVEU, ÉriK (Dirs). Boys don’t cry! Les coûts de la domination masculine. Rennes: Presses Universitaires de Rennes, 2012b.
DUPUIS-DÉRI, Francis. O antifeminismo de Estado. Trad. Marina Alves Amorim. Rev. Frederico Assis Cardoso. In: PARAÍSO, Marlucy Alves; SILVA, Maria Patrícia (Orgs). Pesquisas sobre currículos e culturas: tensões, movimentações e criações. 1. ed. Curitiba: Brazil Publishing, 2020, p. 83-106.
ELLSWORTH, Elizabeth. Modos de endereçamento: uma coisa de cinema; uma coisa de educação também. Trad. Tomaz Tadeu da Silva. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org). Nunca fomos humanos: nos rastros do sujeito. Belo Horizonte: Autêntica, 2001, p. 07-76.
GOOGLE INC. Google. Marca registrada da empresa de tecnologia Alphabet. Disponível em: google.com.br. Último acesso: 25 maio 2023 (Consultada apenas as páginas em português do Brasil. Dada a dinâmica própria dos dados disponibilizados pela ferramenta de busca, os números podem variar de acordo com a data da pesquisa).
HEILBORN, Maria Luiza; CARRARA, Sérgio. Em cena, os homens... Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 6, n. 2, p. 370-75, 1998.
JUNQUEIRA, Rogério Diniz. A invenção da “ideologia de gênero”: um projeto reacionário de poder. Brasília: LetrasLivres, 2022.
JURITSCH, Martin. Sociologia da paternidade: o pai na família e no mundo. Uma análise antropológica. Trad. João Baptista Quaini. Petrópolis: Vozes, 1970.
MEDRADO, Benedito. Homens na arena do cuidado infantil: imagens veiculadas pela mídia. In: ARILHA, Margareth; UNBEHAUM, Sandra G.; MEDRADO, Benedito (Orgs). Homens e masculinidades: outras palavras. São Paulo: ECOS/Editora 34, 1998, p. 145-61.
MILLS, Charles Wright. A imaginação sociológica. Trad. Waltensir Dutra. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1969.
MIRANDA, Izabela de Faria. Bravíssimo! abandona as ideia e chuta o balde: olhares feministas sobre homens e masculinidades das juventudes socioeducativo 2021. 152 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação e Docência) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
MIRANDA, Izabela de Faria; CARDOSO, Frederico Assis; ALCANTARA, Guilherme. Masculinidade do bandido: juventudes socioeducativo, entre hegemonia e subalternidade. Revista Teias, Rio de Janeiro, v. 24, n. esp. p. 83-95, abr./jun. 2023.
MOLÉNAT, Xavier (Coord). La sociologie: histoire, idées, courants. Auxerre: Sciences Humaines Éditions, 2009.
NÓBREGA, Lívia de Pádua. A construção de identidades nas redes sociais. Fragmentos de Cultura. Goiânia, v. 20, n. 1/2, p. 95-102, jan./fev. 2010.
Revista Veja. São Paulo: Abril, a. 34, ed. 1714, n. 33, 22 ago. 2001.
Revista Veja. São Paulo: Abril, a. 36, ed. 1822, n. 39, 01 out. 2003.
Revista Veja. São Paulo: Abril, a. 37, ed. esp. 1868, n. 34, ago. 2004.
SABAT, Ruth. Gênero e sexualidade para consumo. In: LOURO, Guacira Lopes; FELIPE, Jane; GOELLNER, Silvana Vilodre (Orgs). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2013. p. 149-59.
SAFFIOTI, Heleieth Iara Bongiovani. O poder do macho. São Paulo: Moderna, 1987.
SANTOS, Élcio Nogueira dos. Amores, vapores e dinheiro: masculinidades, homossexualidades nas saunas de Michê em São Paulo. 2012. 238 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Trad. Guacira Lopes Louro. Rev. Tomaz Tadeu da Silva. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 2, n. 20, p. 71-99, jul./dez. 1995.
SILVA, Patrick dos Santos. A construção da homossexualidade nos espaços escolares: vivências e descobertas. 2022. 100 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Departamento de Educação, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.
SILVA, Luciana Aparecida Siqueira; SILVA, Elenita Pinheiro de Queiroz. Masculinidades no contexto escolar: como a temática é abordada em artigos publicados em dossiês de periódicos nacionais. Revista Diversidade e Educação, Natal, v. 7, n. 2, p. 20-44, jul./dez. 2019.
SULZ, Juliana Albuquerque. Papai no bolso e mamãe no coração? Análises das configurações de práticas das paternidades contemporâneas. 2020. 160f. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação e Docência) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
SULZ, Juliana Albuquerque; CARDOSO, Frederico Assis. Educação e políticas de masculinidades: 15 anos das produções dos estudos de gênero (2000-2015). Revista Ártemis. João Pessoa, v. 22, p. 63-72, jul./dez. 2016.
VALDÉS, Teresa; OLAVARÍA, José (Eds). Masculinidades y equidad de género en América Latina. Santiago: FLACSO-Chile, 1998.
VIVEROS VIGOYA, Mara. As cores da masculinidade: experiências interseccionais e práticas de poder na Nossa América. Trad. Allyson de Andrade Perez. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2018.
Additional Files
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Frederico Assis Cardoso, Marina Alves Amorim, Juliana Albuquerque Sulz
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Após a primeira publicação, os autores têm autorização para a divulgação do trabalho por outros meios (ex.: repositório institucional ou capítulo de livro), desde que citada a fonte completa.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.
Atualizado em 15/07/2017